terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ednilson de Paulo nasceu em Presidente Epitácio São Paulo SP, ilitar da reserva remunerada da Marinha de Guerra do Brasil, o poeta já participou de diversas antologias dentre as mais recentes citamos “ Palavras Provisórias do Horizonte” Poesia do Brasil vol.07” e Poetas En/ Cena” parte de seu acervo literário pode ser encontrado em seu blog www.retratosdaalrna1.blogspol.com/

( paulo) CONTATO; depaulo34@yahoo.com.br

QUALQUER COISA

Um sapo

um lago

uma flor

um espinho

um ninho

um passarinho

um casulo

uma borboleta

o verde

o violeta

qualquer traste

qualquer tresta

pra qualquer coisa

que qualquer coisa for

qualquer nada

em lugar nenhum

qualquer coisa

que amenize

o destempero

o desespero

o engano

o peso

e a miseria

de ser humano


CRIA E CRIADOR

Esgarço a pele da palavra

até transpassar-lhe todo sentido

voo para

o abstrato

metafísico

vou ao encontro

de um mundo inexplorado

onde nada,

absolutamente nada,

foi nominado

sou o que sou

e são as coisas

o que podem ser

nenhuma idéia me é imposta

antes que eu a faça idéia

O poema nasce no poeta

como o mundo nasceu em Deus

tudo é potência

do que pode ser

(Paulo) CONTATO; depaulo34@yahoo.com.br


CHOCOLATE E ANIS

Derreta-se sobre o meu corpo

Acalme minha boca

Adoce meus sentidos

Delicie meus pensamentos...

Escorra pela minha saliva...

Adocique minha vida

Entretenha-me em seu prazer

Derreter-se em meus dedos...

Sentirei o doce do mel

Do chocolate vindo do céu

Comparado ao melhor beijo

Derretido em meus desejos...

Provoque meus anseios....

Beberei teu gosto

Levarei tuas sensações

E me deliciarei nas diversas

Pretensões...

Mil e uma sensações...

Poesias e canções...

Sinestesia de poesia!

Licor de Anis!

Quero Bis !!

(Lia Megi)

ARDE A ARTE!

A dança me seduz

O teatro me vicia

A filosofia me enobrece

A poesia,me consola

A música me acalma

A pintura me encanta

O cinema me domina

A cultura me envolve

Arte que me arde

Me arde as veias e

Refresca a vida

Que me e vivida

Pelo prazer

E pelo Ímpeto do gozo de arder

Arder a arte

Só pelo prazer

Prazer de viver

Por ela

Morrer!

(Lia Megi) CONTATO; liamegi@gmail.com

QUE NÃO ME FAÇA MAIS ESPERAR

Como queria voltar a ser!

Como que cerne antes da casca

Que se emplastra depois

Como quando mais que dois

Em vários de mim.

Sentindo-me quase sem fim, pois.

Quando qual marfim me era

Este bastão mágico com qual escrevo...

Não hoje: pluma de quimera.

Ah, quisera comigo rever-me!

Reter-me... ah! Quisera,

Inigualar, reverter

E expressar meus mais profundos sentimentos

Quais auscultava

Por quaisquer momentos.

Cada qual sob doce movimento

Ou qual o rude pouso das palavras

Durante tormentos!

Não. Grotesco sou n'hoje.

Impuro, enclausuro no meu despertar!

Mas que não me faça mais esperar...

CONTATO; cantoraalternativa@yahoo.com.br

A MUSA E O POETA

Lucio Guerreiro

É um poeta bonitinho

E uma musa feiazinha!...

Mas vejam que poeira

Por sobre a escrivaninha.

Eis uma macieira com "erva-daninha".

Quem sabe, no Éden

Não havia outra Assim, "bonítinha"?


Tal qual na suspensa "Azul-Esferinha"?!

O que há de errado

Regá-la absolvendo o "pecado"?

Oh, mais belo o lodo na água clarinha!

Eis a musa mais que o poeta: Perfeita!

Pois não havendo no que ser trabalhada,

Não há como ser valorizada,

A beleza que só a feiúra ajeita.

DESCRENÇA

No branco da hóstia santa,

No tinto do vinho amargo

Eu me confesso perdido.

Não me encontro nos confessionários.

No ermo escuro da fé

Quase sempre tropeço.

Na prepotência do que não espero,,,.

Na onípotência do que não enxergo,

Eu sempre me despeço.

Pela falta de verdades absolutas

Sinto-me tonto entre o azul do errado

E a rigidez natural do certo.

Vejo-me em calmarias e tempestades

Entre pradarias e desertos.

E percebo o demónio dentro do anjo

E o anjo que o demónio contém,

E as pessoas em filas não vêem

Não mudam, e mudas, só dizem amém

(Tonho França) CONTATO: tonhofranca@terra.com.br

CENSURA

Mesmo que não ouça o que eu digo

Uma parte em você por menor que seja

Entenderá e sofrerá o castigo.

Mesmo ciente que eu também há muito

Perdi por culpa de vocês a inocência,

O último verso que me resta

Atingirá em cheio o que resta da tua consciência.

Mesmo que não me conceba

E num gesto insano, de assassina loucura

Aborte-me, por eu ser assim tão indigesto,

Será tarde demais, já serei feto.

Mesmo que me tire de cena

E incendeie todas as plateias

Que me amarre as mãos

E de forma atroz me roube a voz

Será tarde demais Já serei ideia.

E se, insistindo, matar o broto que resta de mim

E eu virar um corpo sem forma, tosco

Num canto em meio ao lixo em desarranjo

Será tarde demais, surgirei anjo rindo ao som das trombetas

E você, ah! idiota, nunca passará de uma faixa preta

(Tonho França) CONTATO: tonhofranca@terra.com.br

Lucas Matos é natural de Salvador, onde reside atualmente. Além de poeta, Lucas ó professor de Lingua Porltguesa e Literatura Brasileira. Convicto religioso, acredita na supremacia do seu Deus e vê nele a verdade absoluta de todas as coisas. Casual, centrado e minímalista. Valoriza as coisas simples da vida.

NOVA-MENTE'

Eu acordo e sinto um barulho

cheiro uma cor, vejo o ar

naufragar por entrecortadas moitas

soltas, gargalhadas mudas.

O tempo se esvai

a chuva cai por entre as nuvens

eu ando solto, sentimentos surgem

e eu fico feito um bobo.

Outra vez pego a caneta e o papel

manchado, o corpo ensanguentado

penso calmo, relaxado?

talvez não, certeza de chorar.

A mente turva, os sentidos mentem

a vida invariavel(mente)

me chama para o absurdo de viver louco,

apaixonado, fico a escrever.

Mas nova(mente) a solidão me criva

uma espada, encrespada de tristeza

me causa dor, tão forte, alteza

que vou dormir, pó, por sobre a mesa.

E amanhã, no lastro de alabastro

quebrado, turvo, curvo o peito

aperto o coração, de um jeito

que só o amor, permanece, perfeito.

(Lucas Matos)

“ Nada prejudica tanto uma nação, quanto gente astuta se passar por inteligente”

(Erancis Bacon)


O HINO

Onde está a Pátria amada

Os filhos fortes, a mãe gentil?

Será que ainda és adorada

Entre outras mil?

Continua em berço esplêndido

Iluminada ao sol do Novo Mundo,

Ainda ha gritos profundos

Retumbantes, à liberdade?

Existe mesmo a igualdade

O Amor e a Esperança?

E o teu futuro

Ainda espelha alguma grandeza?

Pois se até a natureza foi vendida

Quem ainda acredita

Que “nossos bosques têm mais vida"

E "nossas vidas mais amores"?

Quem ostenta o lábaro estrelado

Seja não há glória agora

E nem houve no passado?

E quem ergues da justiça a clava forte

Se mesmo quem te adora

Teme a própria morte?!

Terra adorada

Você já foi amada, idolatrada

Mas agora

Os filhos deste solo, mãe gentil,

Venderam tudo,

A pátria amada, Brasil.

(Lucas Matos)

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