segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Guia “Aves do Brasil: Pantanal e Cerrado” será lançado em Miranda | Midiamax - O Jornal Eletrônico do Mato Grosso do Sul

Guia “Aves do Brasil: Pantanal e Cerrado” será lançado em Miranda Midiamax - O Jornal Eletrônico do Mato Grosso do Sul

Escritores elogiam festival Correntes d'Escritas - Artes - DN

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CASA DO POETA - Noticiário Literário - Entrada - Yahoo! Mail

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Poemas e Poetas

Pianista Boxeador‏

Daniel Lopes

Estou escrevendo para agradecer pela publicação do conto Pianista Boxeador na 2ª edição da revista Musa Calíope. Achei que ficou maravilhoso.

Muito obrigado,

Abração,

Daniel Lopes

Alex R. Paiva

ALEX RODRIGUES PAIVA

apaiva210778@hotmail.com

tel.: 67-99785764

Corumbá/MS

UFMS

Mentes transfronteiriças

Num dos momentos mais magistrais de nossa História, estaremos todos derrubando as muralhas circundantes de nossas fronteiras pessoais e fazendo a grande integração que nos tornará membros de um mesmo clã.

Sim... há barreiras que nos isolam de nós mesmos. Que nos segregam de nossa própria condição humana. Que nos “egocentrizam” num mundo virtual, paralelo e sub-reptício.

Estórias trazidas à tona pela própria História. Nações inteiras afogadas num consumismo desenfreado, retirando de nossa galeria de conquistas a mais doce entre todas: a compaixão suscitada pela miséria alheia. São esses os nossos limitadores.

Somos seres... alguns, humanos, outros, simplesmente homo sapiens. Colocamo-nos no ápice da evolução das espécies, somos pois, os dominantes de todas as ditas subespécies restantes. Somos pois, os civilizados dentre todos os seres viventes nesta grande Nave-mãe-Terra. Seríamos mesmo?

Ao analisarmos nossas ações, chegamos a outras conclusões. Somos a única espécie juntamente com os porcos que poluímos a própria água que nos sustenta. Somos a única espécie que destrói seu habitat, não por necessidade, não por sobrevivência, mas sim por um vulgo “bem maior” chamado desenvolvimento industrial – mola-mestra de nosso tão celebrado Capitalismo. Somos a única espécie deste planeta que mata outros seres de sua mesma raça. E ainda sim, somos civilizados. Somos?

Talvez devêssemos ser mais silvícolas. Talvez devêssemos aprender mais com nossos companheiros de jornadas destituídos de civilização – os animais. Não construíram grandes impérios, é verdade! Não perpetuaram sua história nos séculos, não desvendaram mistérios indissolúveis, não chegaram a Lua... mas tampouco, destruíram seu planeta em nome da supremacia de seus interesses civilizatórios, mataram membros de sua espécie guerreando em nome de Deus, da paz ou da Liberdade.

Lembremo-nos que a desgraça não respeita fronteiras. A morte não precisa de visto e sua bagagem não possui limite de peso ou itens a serem levados. Ela simplesmente toma o que escolhe. Assim, o mal que plantamos em nossa enésima parte do planeta, terá sua contribuição diretamente proporcional ao mal maior em todo o ecossistema. Estamos vendo tais sinais. Geleiras contraindo-se alarmantemente devido ao aquecimento global, inundações catastróficas em várias partes do globo, secas exterminadoras, fome mortal... Percebemos pois, que tais eventos cataclísmicos são cada vez mais recorrentes e certamente decorrentes de nossa supremacia civilizatória. Tais paradigmas provam que a extra-territorialidade de nossas ações são transfronteiriças.

Há também que se notar que o homem como indivíduo integracionista possui fronteiras personalíssimas, afinal é um microcosmo associado a outros microcosmos formando legiões que devido aos seus laços sócio-culturais se acomodam de maneira nacional em seus “berços esplêndidos”. São essas fronteiras que são tão perigosas quando não se permite sua derrocada. Nunca se viu um gato, um cachorro, um avestruz ou qualquer outro animal com preconceito, com racismo de seu semelhante. Entendem-se todos dentro da mesma espécie como seres iguais. Respeitam-se mutuamente... Talvez esse seja o maior exemplo da Natureza: a equidade entre cada indivíduo e o respeito inequívoco entre eles.

Devemos lembrar a cada dia da necessidade de tratarmos nosso semelhante por meio do princípio reflexivo: somos todos reflexos genéticos de nossos antepassados, assim, compomos uma única sinfonia universal que em seus acordes mais afinados nos bradam a nossa fraternidade global, nossa igualdade racial e nosso bem maior, a liberdade transnacional desta grande Aldeia-Mundo. Somos todos de uma única raça – a Raça Humana. Somos todos de um só lugar – O planeta Terra. Assim, nada mais pertinente que entendermo-nos todos como pura e simplesmente terráqueos.

Caiam as fronteiras do egocentrismo de cada um de nós, caiam as fronteiras do preconceito nacionalista, caiam as fronteiras do preconceito racial. Este é o bem maior que a capacidade de reconhecer letras levará aos quatro cantos do planeta, esta é a bandeira a qual levantamos em nosso mastro espiritual. Esta é a proposta que a formação de Professores de Língua Portuguesa traz em sua contextualização: assim como o conhecimento não tem fronteiras – é universal, assim serão nossas atitudes enquanto Seres verdadeiramente Humanos. Seremos nações-corpóreas acolhendo outras nações-corpóreas, destituídas de preconceitos, racismos ou quaisquer formas segregacionistas que aniquilam a nossa capacidade plena de se reconhecer no próximo, sentindo em nós mesmos a dor que acomete o outro!

ENTRE GUERRAS Y BATALLAS (ONCE POEMAS)

Profesión: Soldado

La sangre encharca nuestras botas.

El fango cubre nuestros rostros.

El lodo inunda nuestros ojos.

La pólvora invade nuestras narices.

El miedo impregna nuestras gargantas.

La muerte ondea sobre nuestras cabezas

como bandera carmesí,

como caja de Pandora

como espada de Damocles

pende sobre nuestras nucas

la invisible y auténtica muerte.

El silencio es nuestro enemigo jurado;

el estruendo, nuestro mejor aliado,

el silbido de las balas

nos recuerda la fragilidad de la existencia

y los continuos estallidos

nos informan sobre la proximidad de las fieras…

A nuestro alrededor

todo es sangre

y miembros desmembrados pudriéndose sin dueños

y cuerpos mutilados sin aire en sus pulmones

y un mar de cadáveres hediondos a descomposición

y un sueño que se ha tornado en violenta pesadilla.

Defender la Patria:

Frase que tuvo mucho sentido

antes de comenzar esta odisea;

y que nada significa entre disparos y demencias

¿Qué es la Patria?

¿De qué vale una patria sembrada de cadáveres?

Los problemas fronterizos y las querellas entre naciones deberían resolverse en un cuadrilátero pugilístico; enfrentando a los presidentes, ministros, asambleístas y demás PERROS DE LA GUERRA; dándose puñetazos los unos a los otros hasta que les sangren inclusive sus obscuras almas y no fabricando viudas y huérfanos en los frentes de batalla.

Matar o Morir:

Las balas destrozan cuerpos y las ánimas comen almas

La sangre se mezcla con la aurora

Silbidos y explosiones aturden los oídos

No queda otro remedio que salvar nuestras vidas

matando al enemigo

matando al enemigo

matando

Matar o morir:

Esa es la consigna

El único lema que nos queda

La única ley a qué atenerse

La sangre se confunde con la aurora

La sangre se derrama sobre ocasos

que cierran sus turbios ojos

ante el clamor de la muerte

La muerte,

tan cercana y seductora

tan sublime y abrumadora

tan letal y desconcertante

siempre al lado,

en la sombra de nuestra sombra.

No podemos pensar en la humanidad del enemigo

Hay que odiarles

profusamente

profundamente

aunque nada nos hayan hecho:

Hay que odiarles con tesón

de otro modo

no podríamos matarles

y moriríamos a merced de sus rifles

a merced de sus tanques,

sus cañones, sus aviones, sus navíos…

No son hombres, son salvajes;

No son más que nuestros reflejos,

reflejos de nuestro propio salvajismo contra ellos:

espejos sangrantes, espejos heridos,

espejos fracturados, espejos desmembrados,

espejos mutilados, espejos descabezados,

solo espejos;

nada más que nuestras propias imágenes verificadas,

si en lugar de destruir nos volviéramos piadosos.

¿Es esta guerra necesaria?

Ya no importa,

Es tarde para la política

Es tarde para la paz…

Matar es lo único que puede salvarnos la vida ahora

Matar es lo único que puede devolvernos

a nuestras esposas

a nuestros hijos

a nuestros hogares.

Matar… para no morir

Matar sin piedad

Matar sin misericordia

Matar sin remordimientos

¡MATAR…O MORIR

Cavemos las trincheras:

Cavemos las trincheras,

hondas como fosas,

húmedas como tumbas,

terribles como pesadillas.

Aceitemos los fusiles

limpiemos sus ánimas

quitémosle el óxido

que todo lo corroe.

Nuestras vidas dependen de ello

Un arma encasquillada

es un pasaje seguro

de sola ida

a un féretro sin nombre…

La mitad de toda guerra es mantenimiento

la otra mitad es asesinato y muerte,

muerte, muerte, muerte y más muerte:

Muerte de los enemigos, muerte de los amigos,

muerte de la serenidad, muerte de la cordura,

muerte de los sentimientos, muerte de las emociones

muerte de las ilusiones, muerte de las esperanzas

muerte de la mismísima fe…

¿Qué queda después de una batalla?:

Fracturas, quemaduras, cortadas y cicatrices

hondas como el pánico que se instala en las entrañas

Y cadáveres y sueños rotos

Cadáveres flotando entre las olas

y peces y gaviotas comiendo sus residuos;

cadáveres alfombrando sembradíos

como festín para cuervos y zamuros

y familias desmembradas

y viudas fabricadas

y huérfanos construidos en serie

en ambos bandos…a distancia

!

Puro Instinto:

El suelo se estremece junto a mi alma

con cada estallido certero,

con cada atronadora explosión;

cada vez más cerca,

cada vez más real

y alucinante.

Corremos de un lado a otro

buscando guarecernos;

caemos una y otra vez

comiendo tierra;

nos alzamos nuevamente

y volvemos a correr

de espaldas y en retroceso

mientras disparamos al frente.

¿Dónde están las malditas trincheras

que cavamos anteanoche?

En la confusión

no me percato de los compañeros caídos

no me doy cuenta que hay heridos a ambos lados de mi cuerpo

no estoy en mi cuerpo;

alienado totalmente como máquina sin freno

corro y disparo,

disparo y corro

sin consciencia

sin razonamiento alguno…

Ya no escucho

Ya no veo

Ya no siento

Ya no pienso…

Me he transformado en un reptil

en una fiera asesina

en una máquina mortal

en instinto puro…

¡Si!

Eso es lo que soy ahora:

¡PURO INSTINTO!

nada más

Ataques Nocturnos:

El enemigo aprovecha la noche para asediarnos.

No es una fiesta

ni esos son fuegos artificiales;

es una masacre:

los soldados caen ante las ametralladoras

al lanzarse sobre ellas como moscas sobre la miel;

el NAPALM lo incendia todo a su paso;

las bengalas que atraviesan la oscuridad nocturna

hiriéndola como saetas sin destino ni acomodo;

son balas depredadoras buscando a su presa,

alcanzando a su víctima

para morir en ella

como mueren las abejas al clavar sus aguijones.

Aquí,

no hay sitio para súplicas

no hay lugar para piedades

no hay tiempo para simpatías

no hay afectos, ni querencias, ni aprecios

y el amor es sólo un cuento de hadas

tan lejano y tardío como las flores en invierno.

Aquí

hasta Dante habría temblado de terror

este es el edén ideal de Jack el destripador

este es el sueño fiel de Freddy Krueger

este es el mismísimo averno abriéndonos sus puertas

minuto tras minuto,

con cada esquirla

con cada mortero

con cada explosión

con cada sensación

de desasosiego…

El enemigo aprovecha la noche para atacarnos:

Dormir es otra forma de morir…

Naturaleza Indiferente:

¡Qué extraño!

La serena calma;

junto al rumor alegre de arroyuelos,

al trinar melodioso de las aves,

al cantar celoso de los cuadrúpedos

y más calma

contrastan totalmente

con el fragor de nuestras constantes batallas.

La Naturaleza indiferente

a los desmanes fratricidas del Homo Sapiens

sigue su curso evolutivo

en un desplante invicto y silencioso…

¡Cuánta paz Dios mío!

¿Cuánto durará?

PIM PUM PAM

¡Fueeeego!

¡Y aquí vamos otra vez!

Recomienza la carnicería

A La Carga:

Atrapado en una fosa dejada por la explosión de una bomba

rodeado de cadáveres ya putrefactos

sumergido en mi sangre, sudor y lágrimas

lágrimas resentidas, de desesperación

y odio y rencor y resentimientos…

pero

¿no sienten ellos lo mismo contra mi persona?

¿no es mi adversario tan humano como yo?

Tal vez incluso tenga una esposa

e hijos

una familia que ruega a Dios porque regrese con vida

como lo hace mi propia familia más allá de este infierno…

¡Noooo!

No debo pensar así, ¡me costaría la vida!

El adversario es mi enemigo

es un ser vil y asqueroso,

un salvaje

un desalmado

¿cómo lo mato si no me convenzo de ello?

¿Y cómo me mantengo vivo si no mato a quienes me agreden?

¡A LA CAAAAARGAAAAA!

Ni Buenos Ni Malos:

Nos reímos del enemigo en las pausas

y temblamos ante él en la lucha.

Es así como sobrellevamos esta guerra:

poniendo sobrenombres y haciendo sorna del contrario

para alimentar así el odio que nos impele a creer en la falacia

de que el contrario –y no yo- es el malo de la película.

Los descalificamos, denigramos, deshumanizamos;

para regar así el rencor que germina en nuestras almas

y para acrecentar el resentimiento que nos permite matar

sin escrúpulos, sin remordimientos, sin pensar siquiera;

y para; así,

mantenernos con vida

un día más

una hora más

un segundo más…

Pero en las guerras no hay buenos ni malos

hay intereses creados

hay tajadas de poder

hay porciones de territorio

hay geopolítica e imperialismo

-¡Codicia en ambos bandos!-

Pero no hay malos

y tampoco hay buenos

sólo hay soldados en las guerras

tratando de mantenerse con vida

a fuerza de matar a sus adversarios

en el frente de batalla…

Espectros:

La personalidad se deforma

ante tanta aberración dantesca.

El yo se desintegra.

Los fantasmas al fin asaltan mis sueños;

persiguiéndome y exigiéndome cuentas.

¿A cuántos habré matado ya?

Cuerpos desmembrados cubriendo el suelo

“yoes” desmembrados colmando la mente.

Los espectros de soldados adversarios

me gritan entre sueños ¡ASESINO!

Me acusan de fabricar ataúdes y féretros

y huérfanos y viudas y llantos infinitos.

¡Asesino, asesino, asesino!

se repite como un eco la sentencia

que destroza todo signo de cordura…

Pero ¿qué otra cosa podía hacer?

¡Si la ley es matar o morir!

Matar y morir

Porque morimos otro poco

cae vez que cae un adversario

bajo el fuego insensible

de los rifles que empuñamos.

He muerto ya tantas veces

como enemigos he logrado abatir

He muerto ya tantas, tantas, tantas veces

que me provoca reír

reír para no llorar.

reír hasta la asfixia

reír hasta el deceso.

Soldado Desechable :

El soldado es desechable

Lo importante es mantener la posición

No ceder ni una micra de territorio

Vale más un nanómetro de tierra quemada

que la vida de un batallón de hombres:

He aquí la lógica de la guerra…

Los Perros de la Guerra:

Así hablan los perros de la guerra:

-Hay que defender el honor

Hay que defender la Patria.

Hay que defender la ideología

Hay que imponer un nuevo orden mundial

Hay que imponer al hombre nuevo…-

Terminado el conflicto

los perros de la guerra

recogen el Poder

el resto de la población

recoge sus cadáveres…

La Guerra Epílogo:

La guerra trae consigo hambre

La guerra trae consigo plagas

La guerra incrementa la miseria del hombre

Las rencillas se multiplican

Los odios se encarnecen

Los xenófobos se multiplican

como termitas que todo lo devoran.

Y las enfermedades

todas las enfermedades…

El trauma del soldado pasa de padres a hijos y de hijos a nietos

La desconfianza se arraiga en las familias como cáncer social

que perdura por centurias y milenios…

¿En verdad queremos más guerras?

Ya es hora de bajar a los héroes de sus pedestales

y a los mártires de sus cadalsos.

¡DILE NO A LA GUERRA!

Autor: Felipe Antonio Santorelli

Alias: tonisan

Caracas (Venezuela)

ALGUNAS INQUIETUDES

De tonisan:

Así Nace la poesía:

Imagínate a Dios como a un Árbol.

Un árbol antiguo como el Pino, alto como la Sequoia, robusto como el Roble, sabio como el Samán, noble como el Cedro, de ramas flexibles como las del Abeto...

Imagínalo desperdigando sus semillas al viento, unas caen por aquí, otras caen por allá, otras acuyá y aún otras más allá.

Y todas las semillas germinan, crecen, se desarrollan, florecen y sueltan sus versos polínicos que viajan a galope tendido sobre el lomo de las brisas, en una búsqueda frenética de semejanzas y de floridas igualdades.

Y los versos se re-encuentran, se reúnen, se celebran y festejan unos a otros en poéticas danzas de felicidad, solidaridad, hermandad, alegría y verdad.

Así nace la poesía, así brota acrisolada por los vientos, los incendios, las heladas, los abismos y las simas.

Así surge bendecida por las flores que recrean en los versos inquietudes tan humanas, tan sensibles, tan hermosas, tan profundas, tan reales e irreales, misteriosas mocedades que eternizan sentimientos y piedades y empatías por doquiera.

La Versatilidad:

La versatilidad es flexibilidad ante los eventos y fenómenos universales que enfrentamos en cada instante de nuestras vidas.
Y en poética, versatilidad es la capacidad de escribir en cualquier estilo poético que se nos presente; y esta tarea es la más sencilla del mundo. Para conseguir versatilidad poética, todo lo que tienes que hacer -paradójicamente- es dejar de pensar en ti como en un poeta y cambiar el paradigma...
¡Nooooooooooo! No digas que eres poeta, di mejor que eres poema (a la final la diferencia es de una sola letra)çPor qué eres el poema andante, ambulante, anacrónica, atemporal, multidimensional e infinito.
Sólo conseguirás ser versátil cuando logres trasformarte en el poema que quieras escribir; para alcanzar la flexibilidad tienes que:
Mirar versos cada vez que abras los ojos
Escuchar versos cada vez que pares las orejas.
Oler versos con cada inspiración de aire.
Comer versos, beber versos, respirar versos
Desparramar versos cada vez que abras la boca
Latir versos desde tu corazón inquieto...
En pocas palabras tienes que convertirte en un manojo de versos
Hecho de versos tu cuerpo
Forjada en versos tu alma
Formado por versos tu espíritu

¿Y cómo se logra todo esto?
Más fácil, imposible; la única diferencia consiste en creer o no creer.
Al creerte poema pasas el interruptor que te mantiene a oscuras y enciendes la luz de la versatilidad...

Como yo lo veo sólo tenemos dos posibilidades:

1)Hágase la luz
y la luz se hizo
2) Hágase la luz
y se fundió el bombillo

Buahajajajajjajajajajajajjajajajajjajajajajjaja


P.D.:
¿Qué pasó con los cuadernos que se sientan a escribirse?

Bolas de Billar:

Somos bolas de billar dando tumbos por el mundo.

Nos encontramos, tropezamos y movemos en caótica incoherencia

¿Eres tú la mariposa china que desconoce el daño que ha causado su aleteo en mi rincón Caribeño y Vesuviano?

Entre fractalidades indefinidas y el Nuevo Orden Mundial se despeinan los eventos irreales que disfrazan sus embustes de realidades incontestables. ¿Por qué incontestables?

¿Por qué no discrepar por enésima vez?

Somos bolas de billar desatadas en la mesa terráquea

¿Quién sostiene el taco?

Calor insoportable

La Naturaleza
impávida y apremiante
es una estampida de caballos desbocados,
es un enjambre de abejas atormentadas,
es un frenesí indetenible y arrasador;
es aluvión, tornado, huracán y terremoto,
oleaje impostergable,
lluvia erosionando las imposiciones del "Yo"

Luchar contra mí mismo
desde siempre, para siempre
en la búsqueda irreal y sempiterna
de una verdad esquiva, evasiva y opaca.

Luchar contra mí mismo
entre una taza de café y una cerveza,
deshaciéndome en el humo de una colilla
como un agujero negro tragándose a sí mismo.

Cómo quisiera matar el día
con un cuchillo de palo floreado.
Cómo quisiera aniquilar las esquinas
que tienden diariamente su emboscada
en las calles de ciudades inhumanas.

Y pasearme; ¿por qué no?, por los lares imposibles
de que tanto hablaron genios como Neruda,
y volcar toda emoción;
benigna o malsana,
más allá de este planeta.

Cómo quisiera que los monitores
se abrieran en un vórtice infinito
y caer en un sopor cibernético y profundo
cada vez que formateo la sagrada computadora;
o respirar códigos binarios impredecibles y aleatorios
cada vez que enciendo mi humilde ordenador.

Y prenderme de la sotana de una monja
para rezarle un último rosario;
y amarrarme a la cola de un cometa
para salir disparado finalmente
de ésta realidad monótona y redundante.

Y atarme los zapatos
con un soplo de brisa vespertina
y caminar galopando en la intemperie
para lavar heridas y viscicitudes
bajo la bendita agua que nos cae del cielo.

Pero el cielo se nos ha transformado,
pero el cielo se nos ha vuelto gallinero
pues la lluvia huele a estiércol de gallina:
¡Literalmente!, al menos en Caracas.

Lo sé, divago...
me bato en cruenta pugna entre sandeces y tonterías
pero es que el bochorno me pone belicoso
malhumorado y gruñón.
Y es que éste calor abrasador
(cincuenta grados en la sombra)
derrite hasta las ideas más geniales
mientras nos acosa como harpía en sobrevuelo
al acecho de una presa ya vencida por la modorra.

Este calor; nefasto, cruel, invencible y fiero...
¡este calor...!

¡Por Dios que llueva ya!

Citadinos:

Es difícil despertar de un sueño bucólico
de arboledas y jardines florecientes,
y arroyuelos y fragancias y conejos
deambulando por los prados de la mente.

Vil cemento que endurece corazones;

que blasona sus lápidas marmóreas
en los únicos colores que danzan en el aire:
son los negros, son los grises, los cenizos
y los únicos olores que nos llegan
son los gases, los hedores de la muerte.

Qué pasó con los verdes de los bosques
dónde están los cristales de las aguas.
Las vitrinas que se burlan de los ojos
encandilan con sus trajes y sus farsas:
Los rincones, callejones, basurales
nos acechan como harpías del olvido.


Somos presas de la jungla de cemento
que buscamos madrigueras escondidas
y detrás de las rejas y barrotes
nos soñamos en silencio con las lunas
que le cantan a las noches estrelladas;
nos soñamos cautamente con cascadas
entrevistas en pantallas y en afiches
y callados lamentamos nuestro sino
de insolentes y de aislados citadino.

Ciudad:

Ciudad que duermes los sueños de un ocaso

ciudad que esperas promesas de un acaso

ciudad tranquila, serena, conciliada

que espera inerte la última estocada.

Ciudad que guardas tu última promesa

ciudad que pones tu pan sobre mi mesa

ya no recuerdas la paz que atesorabas

cuando paseabas, paseabas y paseabas.

Ciudad de lunas quitadas al celeste

ciudad desnuda curtida por la peste

a dónde van tus llantos de papel

de dónde vienen tus risas de oropel.

Ciudad pujante, vibrante, arrolladora

con prisas siempre, volando a toda hora;

ciudad soberbia y falta de energía

sudando sangre, terror, melancolía

y respirando el humo de automóviles

en dónde están los sueños que; inmóviles,

nos prometías antes de haber nacido.

A dónde fue tu suelo prometido…

Del Abandono:

A quién pueda interesar:

Sólo es posible abandonar aquello; que de hecho, nos pertenece o a aquellos sobre los que tenemos responsabilidad, por no ser ellos aptos para su propia manutención.

Así, se abandona un reloj, una brújula, un perol o cualquier otro objeto de nuestra pertenencia, y así también se abandonan a los hijos, a los ancianos, a las mascotas o a cualquier otro ser vivo sobre el que tenemos responsabilidad, ya sea por voluntad propia o por voluntad de Dios.

Lo que es IMPOSIBLE, es abandonar a un adulto o ser abandonado por él.

Esto es así porque todo adulto se pertenece sóla, única y exclusivamente a sí mismo, y todo adulto es el único responsable de sí mismo, de sus actos, palabras y pensamientos.

Por tanto si algún adulto que leyera esto, se sintiera abandonado; pregúntese en qué momento se sometió a una voluntad distinta de la suya propia, haciéndose ESCLAVO VOLUNTARIO de otra persona o en qué momento dejó de asumir la responsabilidad sobre su vida; volviéndose JUGUETE DEL DESTINO; pero por favor señores, ya no anden pregonando que fueron abandonados ni anden reclamándoles a nadie sobre abandonos.

La única posibilidad de que un adulto sea abandonado es que lo sea por sí mismo.

¡GÚSTELE A QUIÉN LE GUSTE Y DUÉLALE A QUIÉN LE DUELA!

El Perdón:

El perdón no beneficia al perdonado, si no al que perdona, pues limpia su alma del lastre representado por recelos, resentimientos, odios y deseos de venganza que envenenan las almas.

En ese sentido, necesitar la petición de la otra persona para perdonar es una condición altamente errónea, ¿qué hay de los difuntos?, ¿qué hay de los ausentes?

Los difuntos ya no pueden pedirnos perdón porque no están y lo más probable es que a los ausentes no los volvamos a ver.

No puedo hablar por los demás así que hablo por mí, a mí nadie nunca me pidió perdón por las marramuncias que me hicieran, y si hubiera tenido que esperar dicha petición para perdonar, mi alma ya estaría muerta por envenenamiento, yo sería nada más que un cuerpo vacío, sin nada adentro. Y esto es así porque la Naturaleza no acepta el vacío, y donde falta el perdón sobran los resentimientos, los recelos, los deseos de venganza, odios, rabias, ira y cuanto agente tóxico pueda corroer el alma y envenenar el espíritu.

Finalizo recordando que perdonar no significa olvidar si no poder recordar sin resentimientos.

Por eso, aunque la otra persona nunca se entere ni te pida perdón, tú perdona, te sentirás más livianito.

Te Reinventaría:

Te reinventaría mil veces si no existieras mi vida

te haría de miel y azucenas y de magenta y de ocres

y de cerezas y kiwis y de cortezas en flor

te haría rosada de auroras en una playa desierta

y te vestiría con cien lunas y farolitos de luz

te llevaría por las calles empedradas de Roma

quién voltearía a mirarte con su espejado rubor

para plasmarse desnuda, ciudad del más tierno Amor.

Y pincelarte podría con plumas multicolor

de tantas aves que viven en mi universo interior:

entre azulejos azules y entre flamingos rosados

los cardenales ardientes y los turpiales dorados

los picaflores brillantes y las gaviotas nubladas

se rendirían a tus pies y te darían sus colores

para llenarte de vida y de preciados favores.

Pero aún así no serías tan linda como te veo

tan bella como te sufro, tan tierna como te quiero

pues nunca podré igualarme al pincel del Creador

que cuando te hizo le puso su más ferviente pasión...

Árbol Familiar:

La pareja es como un árbol que da un fruto especial

un fruto que da frutos por si mismo y por millar

un fruto que es sensible y es humano y es real

un bebé que necesita del abrazo maternal

de los mimos y los juegos que le entrega su papá

y nos llena de alegría

la existencia día a día

La pareja es alameda con sus hojas de laurel

que bendicen con sus hijos al planeta en que vivimos:

con sus risas y ocurrencias señorean nuestro edén

y devuelven la paciencia junto al goce que perdimos

esos hijos de las madres abrazadas a las ramas

nos encienden en el alma nueva vida y nuevas llamas

La pasión por la verdad,

y el amor a la lealtad

braman, vibran nuevamente

en el cuerpo y en la mente

por el fruto de ese vientre

que llamamos...¡mi mamá!

Un “para siempre”:

¿Sería mucho pedir una mirada?

tal vez un alquímico silencio

tal vez una pausa sin destino

y con entrega.

¿Sería mucho pedir etéreo aroma

llegando desde tus lejanías hasta mi olfato?

Es mi pluma quién te evoca

es mi mano quién persiste inútilmente

en rememorar la sedosa lozanía de tu piel indiferente...¡

No, ¡mi linda!

No soy yo quién requiere tu presencia

es tan sólo mi alma agitanada y solitaria

buscando los tesoros ya perdidos

en las profundidades abismales del recuerdo.

Tu imagen entallada, cincelada y bien tatuada a mi memoria

no puede deshacer este deseo de ubicarte

este álgido deseo de correr hasta tu vientre

y cayendo de rodillas ante tu austera majestad

abrazarme a la esperanza de una nueva aventura

que incluya esta vez un "para siempre"

Tu Sensibilidad:

Los misterios ya desnudan sus arcanos

iluminados por tu espléndida mirada

Las mentiras caen rendidas a tus pies

malheridas por tu tierna y fiel sonrisa

Tú; mi hermosa guerrera luminosa;

Juana de Arco temeraria y linda

bella flor de desiertos despiadados

Luna blanca entre tinieblas tremebundas

eres tú la esperanza del cautivo...

Aunados a tu sinceridad

galopan juntos

la Nobleza y la Belleza

el Valor y la Bondad,

la Justicia y la Verdad

y eres Reina de los reinos que atesoro

y princesa de preciados principados

madurados por amores sempiternos

como frutos que jamás se pudrirán

Son los frutos de tus obras manifiestas

de piedades y empatias solidarias

los que cubren estas ramas recubiertas

por la magia de tu sensibilidad

Tu Danzar:

Tu danzar es fantasía

que regala mirra y oro

tu fulgor es melodía

que me enciende cada poro

de esta piel que es tuya y mía...

De ese cuerpo que atesoro

y está lleno de armonía

quiero el baile -sin decoro-

de tu vientre y su poesía;

quiero danza de vaivenes

quiero risas de alegría

adornando los edenes

de tu hermosa simpatía

Te voy a sembrar:

Amasa la masa y hornea los panes

la masa de pieles, la masa de almas

de espíritus nobles mezclados doquier

Amasa la masa y hornéame en tu temple

yo quiero ser trigo para tu molino

yo quiero ser pan en tu horno divino

yo quiero ser llama que alumbre tu frente

y quiero ser vino que sacie la sed

de senos de aurora y de piernas bruñidas

de cielos miradas miradas al cielo

que si yo te lluevo te voy a sembrar...

Te siembro y te siembro amor que germina

te siembro divina y te llevo a un altar

de amores que zurcen los sueños de vida

la vida que quiero sembrar en tu mar.

Somos lo que Somos:

Somos lo que somos, no somos lo que vemos

somos mucho más que deseos desvelados

somos mucho más que pasiones inconexas

somos mucho más que la piedra en el camino

Somos lo que somos, no somos lo que oímos

somos algo más que el ruido de las calles

somos algo más que el murmullo de las olas

somos algo más que el romper de los latidos

Somos un silencio que crece y que se expande

somos armonía melódica y fragante

somos melodiosos amores que sembrados

dan frutos que dan frutos que dan frutos diamantados

Somos las estelas que dejamos en la historia

somos las palabras que bañan las memorias

somos el recuerdo en aquellos que nos aman

somos el redoble de creencias libertarias

Y somos más que eso, vibraciones espontáneas

de sueños que se igualan en sueños hermanados

pues ante todo somos mucho más que HUMANOS

Sueño contigo:

Despierto entre tus brazos
cuando me quedo dormido
y no quiero abrir los ojos
por temor a que te has ido.
Despierto entre tus brazos
...cuando me vence el sueño
y me gozo tus caricias
en medio del dulce ensueño
Despierto entre tus brazos
cuando me quedo dormido...

Sin Palabras:

Sin palabras te amo más y más que nunca

sin palabras se desnuda el sentimiento

sin palabras rectifican los laureles

sus destinos olvidados por los vientos.

Una seña bastaría para amarte

una seña desatando los tornados

una seña, estampida de huracanes

una seña, solo una...

una espina y un descarte

Un enjambre de siluetas coralinas

se despide de las olas de la mar

y un cardumen de pirañas asesinas

se me acerca despiadado sin mirar

son deseos circuncisos y abnegados

son las muertes putrefactas del olvido

No me olvides, no recuerdes que me olvidas

no te alejes sin que el círculo se cierre

no te vayas si no vas a regresar...

Sin palabras me dejaste dulcemente

como el ave que abandona su nidal

y no vuelve, ya no vuelve nunca más

Siento que Di-siento:

Disiento

porque siento

que lo siento...

No lamento

el tormento

de un intento

inadmisible

de volver a reencontrarte

Lamento

el portento

de tus ojos de avellana

que no miran mi mañana

que no observan mis caléndulas plateadas

adornadas

por las hadas que no existen

mas persisten

en amotinar mis pretensiones

con canciones de inquisiciones

maquiavélicas

eclécticas

sintéticas e irreverentes.

Por eso digo que Di-siento

porque no siento

tu cercanía

alma mía

Recuerdo Curativo:

“Haber amado un instante es mejor que no haberlo hecho nunca, porque el Amor es el motor del Universo, y porque Amor no es algo que sentimos, sino que Amor es todo lo que somos”

(Yo Mismo)

Pasaste por mi lado como arcano oculto

pletórico de tesoros indivisibles

y yo;

labriego obtuso, ebanista tenaz, escultor avariento,

quise desmembrar tu luminosa esencia,

quise cambiar tu estirpe y tus talentos,

quise mejorar la perfección divina

y caí en mi propia trampa...

Pasaste como el canto de paraulatas y turpiales

pasaste como plumas de flamingos encendidos

pasaste como alas de cometas siderales

y quise atraparte, detener tu vuelo cósmico

con el aullido solitario de un lobezno ya sin lunas

y caí en mi propia trampa...

Pasaste con tu rostro de alegrías festejadas,

pasaste con tu albor de sirena equidistante

pasaste con caracolas melodiosas por cabellos

en el lomo de un caballo galopando entre infinitos

y dejaste tras de ti tus estelas escarlata

y dejaste tras de ti tus escarchas diamantinas

que llovieron sobre mi alma solitaria

cual presagio de esperanzas trovadoras

y milagros duraderos y señales del buen Dios

que se apiada de mejillas invadidas por rocíos de tristeza

y fue en ese; tu recuerdo curativo,

donde al fin recobré nuevamente la cordura

para volverme poema que hoy te canta

y te canta, y te elogia, y te canta...

La Poesía es el ritmo:

La poesía es el ritmo

La poesía es la música

Vibración solemne

como danza cósmica

Parturienta está

la hoja blanquecina

Parturienta ya

de palabra fina

entramada en tramas

de esplendor y llamas

que bailando van

que bailando llegan.

Las palabras albas

del papel se alejan

y al oído arriban

con vibrar sereno,

Diáfana es su danza,

dócil su belleza

cual canción de cuna

o canto de sirena.

Colorida con

palpitar de estrellas

como un corazón

lleno de centellas.

Así va la danza,

titila y titila

y cándida se acerca

como niña ingenua

con su magna fiesta.

La poesía es el ritmo

es música celeste,

Es cual paraíso

mágico y silvestre.

La poesía me pone

siempre de cabeza

porque la poesía

es Naturaleza.

Civilización

falta de poesía

es como una vida

escuálida y vacía.

La Poesía es la Poesía:

La poesía es la poesía

es belleza y alegría

es también un sentimiento

que desborda desde adentro

La poesía es la poesía

no es tan solo fantasía

es también sensualidad

sazonada con verdad

La poesía es alma mía

es también mi día a día

es la fuente de mi canto

y ese amor que me ama tanto

tanto, tanto, tanto, tanto,

como amo su beldad

La poesía es agonía

muchas veces, noche y día

es angustia que sofoca

cuando sale de mi boca

ese verso que declamo

con mi corazón en mano

Que si rima o si no rima

poco importa al que me lee

si consigo emocionarle

arrancándole una lágrima

o sembrando una sonrisa

en su rostro; que invisible,

al leerme me conoce...

Y si escribo mi alma entera

y la plasmo en el papel

¿cómo espero que no quiera

algún alma entretenerse

con mis hondas inquietudes

con mis altas esperanzas

con mi utópica sentencia

de que el mundo ha de cambiar

si aprendemos cómo amar...

incondicionalmente

Verso a verso:

Verso a verso
vamos palpitando
en un peregrinaje

hacia emotivas sensibilidades.

Nos aferramos a poéticas,
estéticas,
retóricas,
como al oxígeno
y tropezamos
y volvemos a levantarnos
-frente en alto-
sin desfallecer jamás
en la búsqueda de ese ritmo
y de esos tropos
que le den vida
a nuestras risas,
a nuestras rabias,
a nuestros llantos.

A nuestras tiernas invocaciones
de recuerdos entallados en el alma

El tormento de escribir:

Qué es esta senda que atesoro testarudo;

este vagar sin aire, ni descanso, ni destino,

este viajar inhóspito, insensato y ya sin tino

por rumbo incierto, vano, escondido y rudo.

Qué es esta pasión que; sin permiso, me cobija

y quita el frío y el calor y acerca los sepulcros

y viene riéndose y escalándome los muros

y se deshace; a veces, a través de una rendija.

Qué es esta vocación tan arbitraria

que me condena al libro y a la pluma

que me lapida con sus tropos y su espuma

y me degüella con su estrofa temeraria.

Qué me hace escribir tanta penuria

y tanta insensatez tan brusca y lerda

y tanta letra, tanto verso...tanta mierda

poblada de señuelos, ilusiones y lujuria.

Deponer mi pluma quiero, mas no puedo

me asalta inclemente el frenesí por la escritura

y siento desazón, manía, temblor, locura

si no atiborro la hoja con mi fatuo dedo.

Qué es esta maldición que tanto me atormenta…

Quienes me han poseído hasta tal punto

que ya no entiendo nada en este asunto

pues si no escribo

¡mi mente explota y mi alma se revienta!

Hablemos de ti:

Hablemos de ti, por un momento;

busquemos tus razones, tus angustias y deseos.

¿Quién eres?, ¿qué quieres?, ¿qué buscas?

¿Qué se esconde bajo las profundidades pelágicas de tus “yoes” en pugna?

¿Qué hay tras el murmullo de tantas voces compitiendo por tu conciencia?

Hablemos de ti, por un segundo;

sepamos de tus sueños, decepciones y conquistas.

¿Qué has hecho?, ¿qué haces?, ¿qué harás?

¿Quién se oculta entre los recovecos inexplorados de tus “yoes” en pugna?

¿Quién busca someter tu imaginación a tantas fantasías desenfrenadas?

Hablemos de ti, por un instante;

¿en verdad eres tú quien crees que eres?

¿Serás acaso el resultado de la suma de tus experiencias?

¿o eres tal vez la lluvia de sucesos que empapan tu presencia?

¡Pues no!, ¡no y no!

No somos nuestra experiencia, somos en cambio

lo que logramos hacer con ella…

Amistades:

Amistades aromadas por distancias;

reforzadas por escudos y armaduras

ensamblados con recuerdos y sonrisas.

Amistades sobrevuelan universos

en etéreos espejismos que se hacen realidades

por el sueño del regreso y la derrota de la ausencia.

Amistades formidables que estuvieron cual consciencia

evitando malos pasos en caminos desleales

al amigo, al hermano,

al Yo Mismo reflejado en otro ser...

Amistades que forjaron la persona que hoy escribe

regalando su cariño, su enseñanza y sus afectos

regalando su experiencia, su legado y sus ejemplos

Amistades se eternizan en el tiempo

que es caudillo de las eras de la historia.

Se acrisolan y moldean, aceradas e invencibles,

con instantes y momentos que se han hecho ya inmortales

con las risas, las sonrisas y aspavientos,

los consuelos, comprensiones, sufrimientos

los recuerdos, remembranzas, sentimientos

que no cesan de bullir siempre aquí adentro

Amistades, les dedico hoy estos versos

pues expresan la verdad de una emoción

que les quiero con todo el corazón...

Besando la Verdad:

Paradoja embellecida por alforjas

que sedientas se apoderan de mis labios...

En tus labios

el portón de los edenes infinitos

regalando sus promesas ancestrales

se me advierten como nubes de algodón

asomando dulcemente de su aurora.

Es tu aurora

matizada de sonrojos y de fucsias

entre azules celestiales y amarillos

ese cuadro en que quiero sumergirme

ese lienzo al que quiero encadenarme

renunciando al tesoro más preciado

que al hombre el mismo Dios le haya otorgado:

Mas preciada es tu caricia de un instante

que la vana, aunque eterna libertad...

Hazme esclavo de tus besos

Hazme siervo de tu abrazo

Hazme tuyo para siempre

aunque el siempre sea el instante que atesoro

en caricias que me fluyen de las manos

como aguas cristalinas resbalando,

dirigidas; cual afluente, a la vega de tu piel...

En tu piel coronada por los ríos

yo confluyo tan sereno como fiero

y te busco el océano ocultado

por tus piernas; que bruñidas, me remontan

hasta nébulas de pasiones indecibles

para luego re-lanzarme hasta el abismo

del deseo que me brama y que me bulle

del deseo que me hierve y que me implota

y que busca sólo el beso de tu boca

esa boca cuyo beso es la verdad

Canción Gitana:

Es que tu encanto me encanta

mi preciosa gitanilla

canta, canta, canta y canta

con trinar de pajarilla

lléname de albor la villa

y de luces mi pesebre

quieras tú ser la orfebre

que trasforme en oro lindo

el sabor a tamarindo

que me ha donado tu boca

porque tu canto provoca

el oleaje de los mares

el calor de los hogares

el sabor de las ciruelas

y el fulgor de lentejuelas

que visten los orbes celestes

con sus divinas vestes

solo porque te admiran

y por tu encanto deliran

junto a mi corazón gitano

que late cuando tu mano

roza mi piel desnuda

con tu caricia menuda

y tu verso soberano

De ámbar y miel te los tallo

los tesoros de Fortuna

y los entierro en tu duna

que es raíz para mi tallo.

Tu canto es cielo y poesía

que se vierte en mi persona

eres clavel y corona

que se viste de alegría

y eres la Reina mía

que obedece el intelecto

cuando me hago el arquitecto

de columnas y dinteles

en tu cuerpo de aguamieles

y te haces verso y prosa

cuando en mis manos rebosa

la belleza de tus flores

y el sabor de tus amores

Y olé

Barco Fantasma:

Navegando taciturno en tus ausencias

re-descubro los canales de tus golfos

reencuentro las orillas de tus playas

donde yacen enterrados los tesoros

que abonaran tus caricias y tus besos

en mi viejo barco naufragado

-galeón que diera mil batallas

y hoy es ya desecho de arrecifes-

Mi respiro en tus pulmones lo he perdido

Y mi aliento se ha hecho presa de tus huellas

ya no quedan sino estelas espumosas

evocando tus cabellos de pleamares

Ni la luna ya se acuerda de mi tierra

ya no alumbra con su plata mi horizonte

ya no deja en mis silencios sus crecientes

ya no mengua ni siquiera en mis ponientes

Solo gatos se avecinan a mi encuentro

esos gatos que descubren sigilosos

el olor de los ratones moribundos

que han parido por alquimia mis pasiones

que han vertido por inercia mis deseos

Este espacio no es espacio...es estrecho

de corales afilados recubierto

este pecho ya no anida ni los vientos

que se quejan -sibilantes sin fronteras-

Este buque ya se ha hundido tantas veces

que no espera ya encontrarte en algún puerto,

es galeón que ha perdido hasta la quilla

y sus velas son raídas por fantasmas

de los días en que tuve entre mis manos

tu piel tersa, tus tesoros y mi adiós

Azul:

Soy azul porque me cubres de suspiros marinos

Soy azul porque me llenas de lamentos celestes

tan azul soy como el pensamiento en flor

como el azulejo en vuelo

como el mar cuando el mar es más azul

como la brisa disfrazada de invisibilidad

como la máscara que sueles ponerte

cuando te enfadas conmigo

Así de Azul, más aún

profundo azul que casi se vuelve lila

y a veces tórnase magenta

Y lilas hay en tus ojos

y magenta es tu delirio

que; entre astros ingrávidos,

rememora mis ausencias.

Quisiera yo volver a ver las lunas de Marte

antes de las guerras de galaxias.

Quisiera yo volver a ver a Venus

antes de su calentamiento global;

y quisiera internarme contigo

en las tormentas ancestrales

de Júpiter y de Saturno

para disolverlas a fuerza de besos

con nuestro amor irreverente...

Es en tus plenilunios donde florecen mis jardines

es en tus jardines donde se aplaca mi sangre

y es en tu sangre donde extravié mi espíritu.

En el Aula:

Clase de matemáticas:

Se habla de polígonos

mientras observo absorto

tus tenues y sinceras curvas

tan carentes de aristas.

Se habla de derivadas

mientras mi amor por ti

alcanza finalmente

el límite que tiende al infinito.

Se habla de integrales

y se integran mis deseos a tu figura

sin pedir mi permiso

y con mi total beneplácito.

Se habla de círculos

y pienso en el ciclo de los fenómenos

en la reiteración de los eventos

mientras sonrío

pues ya te veo entre mis brazos.

Y luego lloro por tus elipses

y luego clamo por tus hipérboles

y luego sudo entre matrices

de los deseos de tus arqueos

-Despierta Santorelli,

baja ya de esa nube-

¿Y QUÉ ESPERABAN DEL PROFE?

¿Cómo alguien tan racional

puede entender mi locura

por sus tiernas miradas

secantes, tangentes y cotangentes

cuando admiro su co...seno

Buahajajajajajajajajajajajjajajajaj

Vive y vive:

Por qué cortas

con el hacha el hacha

si la tea de pino

se te apaga.

Por qué lloras

tu rocío helado

si sólo un suspiro

te empalaga

No te vayas

a morir por dentro

que la vida es corta

y algo vaga.

Esa lumbre

que brilla en tu pecho

es la llama bella

que naufraga.

No la dejes

naufragar silente

sin hallar el faro

de tu saga.

No la dejes

apagarse como

sacrificio inútil

de una draga.

Vive y vive

por tu vida linda

que la vida es buena

¡Y si paga!

No Desnudo Mis Sentidos:

No desnudo mis sentidos
sin tu corazón de abrigo
sin tu noble celsitud
ya no creo en la virtud
y es que oreabas con tu aliento
los valles de mi lamento
y brotabas en ellos flores
de alegría y convivencia
con tu sola presencia
cuando tuve tus amores.

Cuando tuve tus amores
tuve sueños tan reales
que hasta los pedernales
se aromaban con las flores
de tu mágica poesía
y hasta el agua más fría
entibiábase serena
si tu sonrisa amena
rozaba con su mirada
una gota suspendida
sobre su faz helada...

No desnudo mis deseos
si tu rostro ya no veo.
Si he perdido tu beldad
prefiero la soledad
a buscarte en otras faldas
Mejor un buen Ron de Caldas
y una dulce borrachera
que engañarme entre las alas
de un nido que; por ajeno,
para mi alma nunca es bueno....

De Amores y Nalgas:

Kilimanjaricas Nalgas (Poema 1)

En las faldas de tus kilimanjaricas nalgas

los leones abaten a las cebras

la gacela escapa del guepardo

debate de vida y muerte

en que el depredador deseo

devora mis pasiones sin piedad

Mujer...

me inspiran los prados

y las selvas y sabanas

ocultas por tus nevadas faldas

como tesoros ancestrales

guardados en guaridas hermoseadas

por las perlas y las joyas de tu encanto

Nalgas Hidalgas (Poema 2)

Fiesta sobre sabanas y selvas

fiesta en lo profundo de ríos

entre calores y fríos

se escabullen las melvas

bailan las arañas

en mis entrañas

por tus nalgas

hidalgas;

Amor

fiel

AUTOR: FELIPE ANTONIO SANTORELLI

ALIAS: tonisan

Caracas Venezuela

Poesía Cuántica

Autor: Felipe Antonio Santorelli

Alias: tonisan

POEMA 1

QUISIERA NAVEGAR ENTRE DOS ASTROS:

Quisiera navegar entre dos astros

Extremado, atemporal y relativo

bañado por la lluvia de neutrinos

brotado de energías punto cero.

Quisiera un horizonte de sucesos

guardado en la gaveta entre mis libros

Quisiera formatear plácidamente

aquello que a momentos me incomoda

y luego resetear serenamente

mi vida, sus errores y su escoria.

¿Serán mis sentimientos solidarios

cuando he de convertirme en vil petróleo

o en gases de metano y de propano?

Revive de los saurios y sus bosques

la fiera evocación de su energía

que siendo necesaria; es destructiva

y siendo destructiva es milagrosa.

¿Serán mis sentimientos existentes

cuando he de convertirme en vil petróleo?

quisiera navegar en hoyos negros

vagando simultáneo y singular...

POEMA2

TÚ; CLARIDAD DE AURA EXTREMA:

La materia no es otra cosa

que condensación de la energía.

La energía no es otra cosa

que dilución de la materia

y tú; alma mía,

eres la luz que ilumina mi existencia.

De tu mirada brotan fotones

bañando con serenidad sublime

mi piel, mis músculos, mis huesos.

De tus palabras saltan gravitones

que, bailando en mis oídos,

alborotan el músculo cardíaco

que por ti y sólo por ti

revolotea alegremente en mi pecho.

Tan sólo tu presencia ya es sabiduría:

hondo conocimiento de fractalidades terrenas,

clara diafanidad de misticismos celestes.

Y es esa claridad, la de tu aura extrema

la realización indetenible del amor

que; indefinido e indestructible,

¡a mi alma por siempre se encadena!

POEMA3

NO LE TEMO A LA IMPACIENCIA DE SENTIRME DERRUIDO:

No le tengo miedo al negror de la muerte

ni a la frialdad de una lápida marmórea

ni a la certeza de terminar siendo la cena

de gusanos, larvas y raíces.

No le temo a las soledades infinitas del ocaso

ni a las tinieblas ininterrumpidas

de las calles nocturnas

ni al aullido de los lobos

ni al maullar de los gatos

ni al silencio de las aves

despobladas de sus cielos

ni al murmullo de las fuentes

en ausencia de turistas.

No le temo a las quimeras

ni a los ensueños mendigantes

ni a las puertas oxidadas

ni a la furia del averno.

No le temo al porvenir

ni al pasado ni al presente

ni a ese tiempo persistente

que acaricia incertidumbres

enredado en aspavientos.

No le temo a los infiernos

de la guerra y del espanto

ni a la paz de los sepulcros

ni al recuerdo inverosímil

de personas taciturnas

ni a la ausencia de recuerdos

en memorias más que ajenas

ni a la amnesia ni al desastre

ni al mareo ni al desquite.

No le temo a las bandadas

de bandidos bandoleros

ni a la ignorancia ni a su violencia delincuente

ni a los cerros ni a los llanos

ni a la hondonada indiferente y agresiva

ni al embate destructivo de las hordas asesinas

Ya no le temo a la carestía

ni a la falta de rocío en los ramales

ni al exceso de rocío en la mejillas

ni a los vientos ni a las turbas

ni a los mares ni a sus olas

embistiendo las orillas con su furia de titanes.

No le temo ya a la vida

ni a sus modas ni a sus ansias

ni a sus dioses ni a sus vallas

ni al suplicio consumista

subyugante en las aceras.

Le temo sí; y mucho,

a la Nada

Le temo sí, aún más,

al desvanecer de la conciencia

sin registros de presencia

a la propia inexistencia.

POEMA4

AMOR ILUMINADO:

A nivel cuántico

no hay hombres ni mujeres,

sólo hay campos de energía:

vibraciones que se encuentran

en las danzas del amor.

A nivel cuántico

no existe la fealdad ni la belleza,

sólo hay ondas vacilantes:

vibraciones que se funden

en los lazos del amor.

La fractal condescendencia

de las vidas que se juntan

complementa; ciertamente,

las andanzas del amor.

Ay amor ultra trillado

Ay amor enardecido,

y abatido, y dolorido:

no te aferres al olvido

cuando estoy enamorado.

Ay amor desaliñado

Ay amor irreverente

no abandones alma y mente

ni le quites a la gente

tu fulgor iluminado.

POEMA5

EL ESPEJO:

Reniego de la vida tal como me la muestran

yo quiero ser inercia, cual luz sin firmamento

cual onda sin partícula atada a un gravitón

y quiero ser taquión

sin masa que me frene

y quiero ser fotón

que alumbra el pensamiento.

Fundirme en espirales de cuantos de energía

y luego regodearme de reales fantasías:

la ola no es la ola, es danza de las aguas,

la brisa no es la brisa, es sueño de las olas,

el cielo no es la veste que viste este planeta

sino el abrazo fiel al cosmos infinito,

el cielo es el silencio que besa espacio tiempos.

Yo quiero columpiarme jocoso sobre cuerdas

-balance indefinido paseándose entre estrellas-

y quiero la materia brillante entre tinieblas

y quiero la tiniebla versándose en mi verso.

Sé bien que no es el "Yo" que miro en el espejo

el sueño eternizado que lleno con mi aliento,

espejo mentiroso, espejo inverosímil

claudica de tu intento de engañar a mi intelecto

y muéstrame completo, sincero, irreverente

sencillo y complicado, facético y audaz

prismático y cercano, geométrico y distante

lunático y sereno, renuente y suspicaz.

Como un calidoscopio me has de mostrar espejo;

con todos los mis yoes de todos universos

con todos los mis egos de todos pensamientos

con todo el vasto tiempo que ciñe mis neuronas

y forja cada célula de todas mis personas.

Yo quiero ver la muerte que es nuevo nacimiento

y quiero ver mi vida pletórica de cuentos

y fábulas y cantos y música electrónica,

protónica, neutrónica, también molecular.

Por eso yo te pido mi viejo y fiel espejo

ya deja de mentirme ya deja de adular

y muestra a mi cerebro todita mi verdad.

POEMA6

LA CRUZ DE LOS SEGUNDOS:

Clavado a la cruz de los segundos

escucho el tronar de los tambores

en cielos aturdidos por clamores

y sueños y esperanzas y temblores.

Si buscas ajetreo cotidiano

encuentras la cesura de la historia;

si buscas una pausa silenciosa

te abate el estruendo citadino

que quiere entretejerte con su escoria

Clavado a la cruz de los segundos

escucho el tañer de las campanas

en torres profanadas por palomas

carentes de mensajes o de paz

Si buscas el sosiego lugareño

te hallas en medio de una jungla,

si buscas a las fieras del ayer

solo hallas el silencio de una tumba

postrada ante otro amanecer.

Yo busco gravedades planetarias,

el fuego legendario de las novas,

la honda oscuridad de la materia

la hueca hostilidad de la energía.

Y quiero balancearme con las cuerdas

aun cuando tan sólo sean teoría.

Tarzán cuasi-estelar y super-cósmico

sin más león que nebulosas

sin más bestia que galaxias

sin más que un hoyo negro por morada,

yo busco un baricentro que elimine

mis dudas, mis creencias, mis demoras

y logre perpetuarme finalmente

verdades tan serenas como sólidas.

Y encuentrome la nada silenciosa

vacía, titilante, temerosa

reacia, vulgar y melindrosa

buscando acariciar la poca cosa

que queda de mi fuga y mis fatigas.

Y sólo en mis fatigas y mi fuga

se esconde la mitad de mi apellido.

Que Santo, ni que santo, ya no hay santos

ni sueños, ni el consuelo del olvido

por eso es que desmiento lo que digo

por eso es que digo lo que siento.

Brutal paradoja inconsecuente

se ríe de mi vida y de mi mente

y yo, degradado y maldecido

en pleno plan de observador

me quedo perplejo y aturdido

cobarde, silente y aterido

mirando cual fuera espectador.

POEMA7:

HAIKUS ENCADENADOS DE FÍSICA

Ajeno a mí

descubro la belleza:

Naturaleza.

Enmudeced

ante la claridad

de la verdad.

Relatividad

desdibuja en su esencia

mi realidad.

Incertidumbre

cual retórico edén

regalas lumbre.

Sexto sentido:

Ojo que al alma plena

con lo vivido.

POEMA8

TU RECUERDO:

Dentro,

muy dentro de la piel,

más allá de los órganos

más allá de las células,

donde los fotones

del alma se aglutinan

forjando mi entendimiento:

¡allí conservo tu recuerdo!

POEMA9

RELATIVIDAD:

Todo efecto es causa de su causa;

toda causa es efecto de su efecto.

Si la relatividad

es verdad,

la bala pudiera salir del ánima

antes de que el pistolero

jale el gatillo.

Es posible morir antes de nacer,

rejuvenecer,

volver a ser bebé

al menos en teoría;

y las heridas que palpitan en mi alma

podrían ser cicatrices de traumas

del futuro.

Si me situara en el horizonte de sucesos;

si abarco singularidades con mi espíritu,

¿podré cambiar mi pasado desde el presente?

¡Yo sé que se puede!

lo que no sé

es cómo hacerlo.

Hawking, amigo desconocido;

desde tu silla de ruedas,

a través de tus libros

me dices que nada sucede ni acontece

hasta que la luz le da alcance:

¿No es entonces más segura la tiniebla?

¿No es acaso más amable la oscuridad?

POEMA10

MEDITACIÓN:

Cierro los ojos

y me relajo;

un músculo a la vez,

lentamente,

muy suavemente

me hundo en el fondo del colchón

como un peso de plomo sólido.

Es así

que me consigo de pie,

bajando una escalera acaracolada

con marmóreos peldaños

y pasamanos de ébano pulido.

La oscuridad plena

se va disipando paulatina,

ante el tenue claror de una luz

que se va haciendo cada vez más vívida,

cada vez más nítida y brillante.

¡Hasta que veo!,

y veo a mi izquierda

un vasto y florido valle de recuerdos y enseñanzas;

y veo a mi derecha

un extenso y sereno océano de expectativas y esperanzas;

mientras sigo bajando

un escalón a la vez,

con sosiego y lentitud

hasta el fondo de mi espíritu.

Al pie de la escalera

me espera sonriente

mi yo superior.

Y me abalanzo finalmente sobre él

gritándole:

-¡Abrázame Yo

necesito la fusión!

POEMA11

EXPECTATIVAS CUÁNTICAS:

Infinidad fractal destituida por el orden,

en el vacío irrepetible de las mentes cósmicas,

vienes hasta mí

trajeada de universos,

galaxias y constelaciones

como burbuja sideral

cubierta de teflón y papel celofán.

Maniatadas quedaron las hipótesis irrelevantes

de calidoscópicos instantes

efímeros y eternos

en un espacio-tiempo

dubitativo e incierto.

Me pregunto qué tiene que decir

el gato de Schrödinger

acerca del observador y sus expectativas.

¿En verdad temor y fe

son las dos caras de la misma moneda?

Creamos realidades

ignorantes de nuestro poder

como reyes Midas

regodeados con sus logros...

¿Serán culpa nuestra los deslaves y aluviones?

¿Seremos nosotros los causantes de huracanes y tornados?

El sentido común dice que no

pero la cuántica dice que sí...

POEMA12

LA EDAD DE PLÁSTICO:

Finitud

establecida

por la vida material

en el enlace elemental

del nanosegundo.

Moribundo

estuvo; por edades incontables,

el hálito de inteligencia

que asomaba con diligencia

pero sin resultado;

hasta que apareció el soldado

de la piedra y del garrote...

Y ya el troglodita;

saliendo de su ermita,

osó colocar su pie en otro astro

y furibundo

casi acaba con el mundo...

pero la gran epopeya apenas se inicia

y queriendo dar como primicia

una noticia

que ya es añeja;

anuncio el fin de la finitud

y el comienzo de la eterna juventud

gracias al genoma y su descubrimiento...

que es el perfecto complemento

para la edad de plástico.

POEMA13

VOY VOLCANDO :

Voy volcando despertares sin preaviso ni protesta,

sin paciencia ni alegría, sin más paz que mi fealdad;

ya los sueños no son más que un ayer desvanecido;

ya no creo en avatares, ni en promesas ni en silencios

sólo creo en lo que veo

y lo que veo no es real...

Voy cayendo en picada sin saber de dónde vengo,

sin saber si lo que soy es tan sólo un sueño extraño,

o es apenas el botín de un pirata del pasado,

o es que acaso el bucanero es aliento del futuro

un futuro que se ahoga al volcarse hacia el presente,

un futuro apaciguado

lacerado y oprimido,

un futuro silencioso, casi mudo, derruido

en contraste tan confuso que semeja al caos fractal.

Voy volcando pesadillas para goce de este mundo

donde todo lo premiado es premiado por maldad,

y los héroes son caudillos que desmiembran o verdugos

que ejecutan sus sentencias sin cuartel y sin piedad.

Voy besando mis recuerdos sin saber si es que son míos

o prestados o comprados o tomados al azar.

Voy bebiendo de la vida lo poquito que me otorga

y sediento voy llorando lo que nunca quise dar.

Y no queda más remedio que seguir la misma senda

y cargando con el cuerpo que me sirve de prisión

ir pagando los pecados que son míos y no son.

POEMA14

POESÍA OSCILANTE:

Qué es esta poesía oscilante

que fluye de la verdad a la mentira.

Para las palabras es terrible pira

para la emoción es mala comediante.

Qué es esta poética delirante

que; precaria y sin fervor, respira

y se alimenta de la saña y de la ira

y del rubor de un pasado vigilante.

Reverbera en un futuro sofocante

se retuerce y se acorta y se estira

y se clava a la piel cual vieja vira

deformando nuevamente mi semblante.

Y regresa y se despide teorizante

para luego enredarse; cual espira

y con engaños, a mi arpa y a mi lira

en estruendo tenebroso y vinculante.

Qué es esta letanía inquietante

que desborda de mi ser y se retira

para luego regresar; gira que gira,

en oleaje de palabra subyugante.

Es la vida del gitano; que emigrante,

se despide sin nostalgias en su mira

magullando su dolor mientras revira

su destino, implacable y alienante.

POEMA15

CARACAS FUTURA:

Cristalinas son las aguas

que hoy ondulan nuevamente

en la Laguna de Catia.

El río Guaire baja fiero y soberbio

desde su cabecera, donando sus pulcras aguas

al valle verdiazul que le besa las caderas.

Las lomas y colinas asoman su frondosa mirada

buscando un avatar o un mensajero

que lleve sus más íntimos secretos

al altivo y soberbio pico que las enfrenta.

Ávila silvestre y despojado de vilezas,

al fin reposas

de una humanidad destructora e implacable

pues ya son más de cien mil años

que La Tierra se quedó sin humanos

POEMA16

POR UNA SONRISA TUYA:

Puedo escribir los versos más tristes esta noche

(Pablo Neruda)

Podría escribir los versos más paradójicos esta noche

podría desaparecer en el caos total

y reaparecer de nuevo,

renovado y receptivo,

perfumado y perspicaz,

también rejuvenecido

por una sonrisa tuya.

Podría cantarle odas al televisor o a la cocina eléctrica

y sublimar de nuevo los corales caribeños

podría cabalgar las olas, navegar los llanos,

incendiar los hielos polares con llamas de propano

y hasta podría congelar los desiertos del averno

por una sonrisa tuya.

Podría vencer el tiempo entretejido a nuestras pieles

con un certero rayo de neutrinos

y emparejar con una podadora

cipreses y abedules, cerezos y manzanos

y mangos y aguacates y robles y nogales

para que te entreguen sus flores y sus frutos.

Podría escribir los versos más caóticos esta noche

y robarle a las fractalidades su orden escondido

ese orden ocultado como si fuera tesoro secreto,

santo grial, arca de la alianza, cueva de Alí Babá

arco de triunfo o libertad de estatuas deambulantes

por las nocturnas calles de empedrados deseos.

Por una sonrisa tuya

podría pescar elefantes y cazar escualos,

dispararle a los rifles para que se haga la paz,

acosar revólveres, pistolas y ametralladoras

con la furia de un depredador y fundirlo todo

para luego cincelar palomas y azulejos

y esculturas floridas y pasiones de acero.

Sólo por tu sonrisa, Aurora Mañanera

Poema17

HABLEMOS DE TI:

Hablemos de ti, por un momento;

busquemos tus razones, tus angustias y deseos.

¿Quién eres?, ¿qué quieres?, ¿qué buscas?

¿Qué se esconde bajo las profundidades pelágicas de tus "yoes" en pugna?

¿Qué hay tras el murmullo de tantas voces compitiendo por tu conciencia?

Hablemos de ti, por un segundo;

sepamos de tus sueños, decepciones y conquistas.

¿Qué has hecho?, ¿qué haces?, ¿qué harás?

¿Quién se oculta entre los recovecos inexplorados de tus "yoes" en pugna?

¿Quién busca someter tu imaginación a tantas fantasías desenfrenadas?

Hablemos de ti, por un instante;

¿en verdad eres tú quien crees que eres?

¿Serás acaso el resultado de la suma de tus experiencias?

¿o eres tal vez la lluvia de sucesos que empapan tu presencia?

¡Pues no!, ¡no y no!

No somos nuestra experiencia, somos en cambio

lo que logramos hacer con ella

POEMA18

FICCIÓN Y MENTIRA:

Ficción y mentira; lejos de ser sinónimos, son opuestos

Paradoja irreversible auténtica dinámica gentil y escurridiza

que juegas divertida con los lazos de la aurora

que sueñas entre cuerdas con las danzas de los astros

y clamas con fervor la bondad del intelecto

verdéame el silencio con tu sana incertidumbre

y muéstrale al ignaro el poder de la ficción.

Y muéstrale al infiel la verdad en la ficción

POEMA19

FRACTALIDADES:

La mota de nieve que calla y calla el frío de su falda

El caracol astuto que grita a voces el bullicio de las olas

El verdear del brócoli temiendo su destino inexpugnable

El brillor galáctico aunado en súper cúmulos titánicos

La crisálida desnuda dejando su último aliento en unas alas

Las alas dinámicas batiendo su secreto en el silencio

La fiel orquídea que sueña los lamentos del poeta

La monda rosa que evoca carcajadas de una fiesta

Y la sonrisa plasmando su aguijón en mi intelecto

Fractal caricia emana suavemente de tu cuerpo

que; circundando,

se apresta a obnubilarme el pensamiento

POEMA20

CALOR INSOPORTABLE:

La Naturaleza

impávida y apremiante

es una estampida de caballos desbocados,

es un enjambre de abejas atormentadas,

es un frenesí indetenible y arrasador;

es aluvión, tornado, huracán y terremoto,

oleaje impostergable,

lluvia erosionando las imposiciones del "Yo"

Luchar contra mí mismo

desde siempre, para siempre

en la búsqueda irreal y sempiterna

de una verdad esquiva, evasiva y opaca.

Luchar contra mí mismo

entre una taza de café y una cerveza,

deshaciéndome en el humo de una colilla

como un agujero negro tragándose a sí mismo.

Cómo quisiera matar el día

con un cuchillo de palo floreado.

Cómo quisiera aniquilar las esquinas

que tienden diariamente su emboscada

en las calles de ciudades inhumanas.

Y pasearme; ¿por qué no?, por los lares imposibles

de que tanto hablaron genios como Neruda,

y volcar toda emoción;

benigna o malsana,

más allá de este planeta.

Cómo quisiera que los monitores

se abrieran en un vórtice infinito

y caer en un sopor cibernético y profundo

cada vez que formateo la sagrada computadora;

o respirar códigos binarios impredecibles y aleatorios

cada vez que enciendo mi humilde ordenador.

Y prenderme de la sotana de una monja

para rezarle un último rosario;

y amarrarme a la cola de un cometa

para salir disparado finalmente

de ésta realidad monótona y redundante.

Y atarme los zapatos

con un soplo de brisa vespertina

y caminar galopando en la intemperie

para lavar heridas y viscicitudes

bajo la bendita agua que nos cae del cielo.

Pero el cielo se nos ha transformado,

pero el cielo se nos ha vuelto gallinero

pues la lluvia huele a estiércol de gallina:

¡Literalmente!, al menos en Caracas.

Lo sé, divago...

me bato en cruenta pugna entre sandeces y tonterías

pero es que el bochorno me pone belicoso

malhumorado y gruñón.

Y es que éste calor abrasador

(cincuenta grados en la sombra)

derrite hasta las ideas más geniales

mientras nos acosa como harpía en sobrevuelo

al acecho de una presa ya vencida por la modorra.

Este calor; nefasto, cruel, invencible y fiero...

¡este calor...!

¡Por Dios que llueva ya!

Deseo incumplido:

Si la pelota atravesara el muro

y si mi abuelo pudiera ser mi hijo

y si en la caja el gato vivo muerto

maullara al viento, con brisas de silencio.

Las gravedades etéreas como el aire

serían palomas alzando su alto vuelo

y los gluones serían amantes tiernos

paseando en góndola por todo el firmamento.

E incluso el tiempo sería galante siervo;

amable amigo portando sus bonanzas.

Si en mis bolsillos guardara yo centellas

y en mis armarios galaxias entre cuerdas,

sería la magia blasón de una bandera

y todo triunfo vendría a ser de acera.

Los muchachitos jugando con sus metras

serían los dioses del Cielo aquí en La Tierra.

Y las lombrices que nutren el subsuelo

serían obreras de fábricas de telas.

Con el zumbido de avispas y avispones

me haría un tejido de grandes dimensiones;

y llenaría con tantas emociones

todito el orbe sangrado de ilusiones.

Si la pelota rompiera la barrera

de las paredes que esconden gas y esfera

sería posible descomponer la abeja

y hacer del néctar el sueño de otra era.

Autor: Felipe Antonio Santorelli

Alias: tonisan

Caracas Venezuela

Radiografía de la depresión

(Quince Poemas sobre la bipolaridad)

Auto Sabotaje:

Ya basta de condenas impuestas por mi mismo;
no acepto letanías sembrándome dolor
ni quiero agorerías de interno acusador;
ya basta de cadenas vertiéndose en cinismo.

Luchando en las arenas del viejo conformismo
me asedian apatías que dejan mal sabor,
me atacan baterías de fuego abrasador,
me cubren las gangrenas que evocan masoquismo.

Y es que la voz que escucho no dice nada bueno:
del auto sabotaje soy víctima paciente,
tal vez falta el coraje de ser mi confidente.

Volverme diestro y ducho de ambages de galeno
buscando la solvencia de esta situación
es pues la referencia, tal vez la solución.

La vida:

Dos rizos a la izquierda

una espiral descendente

dos rizos a la derecha

una espiral ascendente

una caída libre

en vertiginosa picada:

Solo quedan

una sonrisa de mármol y granito

una mirada granulada

y los restos de un estallido

junto a versos hechos polvo

Fuera de mí:

Alienado
de mí mismo.
Alejado
de mi piel.
Desertado
de mis sueños.
Extraviado
con mi ayer.

Alienado

de mi vida.
Olvidado
por mi sien.
Deambulado
por mil calles
que; aceradas,
me alejan y me alejan
de las órbitas seguras
de mi cuerpo y de mi alma y de mi ser...

Famélicos Cuadernos:

Los famélicos cuadernos

que se exigen y me exigen

su dual cuota de alimento

ya dejaron de exhibirse.

Y la tinta fluye

se derrama en raudales de tropos consternados;

alucinados, eufóricos a ratos y a ratos tristes:

bipolares.

-El Guaire en Las Mercedes apesta-

El asfalto granulado y pegajoso

evapora sus alientos petroleros

mientras

las vitrinas resplandecen

con su farsa de muñecas y de trapos.

Los alisios indignados

no disuelven la calina

que abochorna a los viandantes…

Y las tardes son tan grises

que semejan al aullido del concreto;

que parecen desespero aletargado

de un cemento silencioso y asechante.

Los cuadernos que se sientan a escribirse

continúan su implacable independencia

mientras cae la noche antagonista;

devastada, derruida y desterrante,

sobre las aceras capitalinas.

Los cuadernos se disponen a dormirse

y ya todo se termina…se termina.

Bipolar:

El poder de mi euforia incomprensible

surge desde las honduras de mis viejas letanías.

La hiperactividad que me aprisiona

nace de la tranquilidad de mi apatía.

La risa histérica que a ratos me estremece

se activa ante el perpetuo duelo de mi sima.

-Dagas y alfileres-

-Espinas y puñales-

Un frenesí inverosímil

irrequieto y tergiverso

a veces me provoca escalofríos

y el chacal me devora desde adentro

y el turpial ya no trina su silencio

y la lluvia se hace llanto irreparable

y mi llanto se hace lluvia invisible,

manifiesta y apacible y mordaz.

Mi sonrisa es la charada del vacío,

mi vacío es la cubierta de la nada…

-Hondonadas abismales-

-Fraudulentas cavidades-

La etiqueta que me he impuesto a domicilio

y esclaviza mi alegría tibiamente

con grilletes y cadenas

por lexemas y vocablos

y morfemas inconexos…

La etiqueta que inclemente aterroriza

condenando a ilusiones y aspavientos

mi existencia degollada y dividida

reza:

BIPOLAR

La luz (distorsionando realidades):

La luz es una lluvia
de joyas microscópicas
que pincelando va
la bóveda celeste.

La luz es; pues, nevada
de lágrimas friolentas,
que viene ventisqueando
el lienzo del planeta.

Ah luz impertinente,
canalla y fraudulenta
¿por qué cubres el manto
del orbe sideral?

Rapsodia subjetiva:

Me fumo las ganas de volver a verte
en cada cigarrillo que incinera vientos,
en cada bocanada que se ahoga en cuentos
me fumo las ganas de volver a verte.

Me bebo las ganas de fornicar de nuevo
en cada copa en que navego en cueros,
en cada vaso en que se hunden vuelos
me bebo las ganar de fornicar de nuevo.

Me como las ganas de comerte a besos
en cada bocado del que aun reniego
en cada trozo de alimento viejo
me como las ganas de comerte a besos.

Y ya no respiro sin tu aliento fresco
y ya no me duermo sin tu piel de almohada
y ya no me siento sin tu blonda llaga

y ya no lamento sin tu pubis yerto.

Me vuelvo hacia adentro sin tus ojos tiernos
autismo silente enarbolo al cierzo
calor de esquizoide me sutura el cuerpo
si ya no me miran esos ojos bellos.

Por eso no pido más clemencia o duelo
que el verte parir de mi sangre un sueño,
que el verte morir en mi poro inquieto
y verte sangrar hasta hallarme muerto.

Degradación de Grises:


Degradación de grises
entre muros citadinos;
evocan los caminos
desandados por matices
purulentos y amorfinos.

Un silencio estrepitoso
se equivoca de señuelo
hundiéndose en un suelo
humorado y cauteloso
que pretende ser mi duelo.

Y los grises perseveran
en la tarde incinerada,
y jugando con la nada,
los lamentos se entreveran
a mis sueños de manada.

Nada exijo de la vida;
no reclamo a la hondonada
el gran filo de su espada,
ni a la roca desmedida
le replico su coartada.

Nada espero de la muerte:
ya no espero más amor
que el vestido de dolor,
ni placeres, ni la suerte
de espejarme en tu candor.

Degradación de colores
en los últimos fragores
de la noche citadina,
y se hunde nueva espina
en mi cuerpo y mis errores…


Sollozos:

Sollozo,
árbol corroído,
desarraigado,
solitario y nebuloso.

Sollozo,
destino sin conciencia,
claustro sempiterno,
poema inacabado
de versos moribundos.

Sollozo,
pálpito arrítmico,
oquedad clandestina,
simiente silenciosa
de gotas de rocío,


en fin;
apenas
tan sólo
un tímido
sollozo.

Añicos:

Añicos en el suelo, añicos en el alma,
añicos esparcidos por tierras hoy en calma.
Añicos que recuerdan querellas del pasado,
retazos de un adiós: ¡dolor despedazado!

Pedazos de mil vidas, no siempre ilusionadas,
son trozos de memorias, de sueños de cascada.
Añicos en el piso, añicos en la mente;
retazos de un ayer que vuelve inconsecuente.

Añicos esparcidos regresan en tropel:
enjambres de rencores que bajan de Babel;
pegándose a mi cuerpo, rasgándose en mi piel.

Heridas palpitantes:

Hay heridas que no sangran
pero palpitan lo mismo,
son caídas al abismo
de amores que se desangran.

Hay suicidios que no matan
pero asesinan lo mismo,
son gotas de pesimismo,
féretros que almas atan.

Depresión inexpugnable,
sedienta de almas jocosas.
Sorbes prácticas gozosas:
vampiresa despreciable.

Transformas todo en escoria,
dejando el alma vacía,
tan triste, escuálida y fría
como una reseca noria.

Distorsionas realidades...
destruyendo mocedades.

Rip Van Winkle:

Quisiera convertirme en Rip Van Winkle

y dormir el resto de mi vida

muy lejos del barullo cotidiano

clavado tiernamente en mi colchón

fundido en el mimo de mi almohada.

Quisiera convertirme en Rip Van Winkle

pues no logro vencer esta apatía

que es desgano y más desgano y más desgano

y es silencio y es bullicio y es tortura

queriéndome implotar ojos adentro.

Quisiera convertirme en Rip Van Winkle

y salir de este cuerpo carcelero

desatarme de los cueros y las pieles

y volar más allá del Universo

disfrutando del abrazo de La Nada...

Tristeza desbordada:

Cuando la tristeza desborda su límite
se transforma en apatía
y ya no nos importa nada,
ni las risas ni los llantos,
ni la luz ni la tiniebla,
ni la vida ni la muerte,
ni el cielo ni el infierno.

Y es entonces cuando enviamos
nuestras sendas al ocaso,
es entonces cuando damos
nuestras vidas al acaso
y el azar; que es insensible,
nos devora paso a paso.

Y el suicidio delincuente
se apodera de la mente…

Pensamientos suicidas:

Oh cuántos años y cuantas duras penas
cuántos lamentos trajeados de sonrisa,
cuántos sermones sin asistir a misa,
cuántas lecciones vestidas de condenas.

Y cuánto tiempo perdido en el encanto
de aspiraciones tendidas en la nada,
cuánta embestida cayendo en la hondonada
de un nuevo grito dormido bajo el llanto.

Al fin la vida se me antoja escueta,
al fin la muerte me parece bella,
al fin el polvo volverá a su estrella
cuando la muerte done su silueta.

Tan solo exijo el deleite del veneno,
tan solo aspiro al delirio de la hoguera
tan solo pido las delicias que me diera
aquel reposo de un dormitar sereno.

Cuánta dulzura se vierte en mi semblante
que yace quedo, buscando en el incienso
un sueño eterno que borre de este lienzo
esta sonrisa despótica y farsante.

Cuánto placer se riega en mi demencia
que se adormila cubierta de mutismo,
y cuánto enojo en el silencio mismo
que se aventura callando la conciencia.

Prístino goce de este momento esquivo
que se eterniza en el segundo inerte
en que por fin sonríeme la suerte
de estar ya muerto, aun estando vivo.

Tan solo quiero la caricia de la hojilla,
tan solo busco el beso de la bala,
tan solo espero las bondades de la pala
vertiendo en mí su candida arenilla.

Prozac:

Contundente es el receso de la aurora.

Sus colores sanguinarios me incomodan,

cual ocaso matutino se desploman

sobre aceras taladradas por las ansias.

Y ansimante es el momento matinal,

todo fluye como un tiempo indefinido,

como el aire que se muestra enrarecido,

virulento, deleznable, apagado y aturdido.

Y el silencio; intrigante y comedido,

es el cómplice secreto del sedal,

es la trampa caza bobos que me espera,

es la mina desde el campo de batalla

asechando mi inconsciente caminar.

Mi tristeza me apabulla y me acaricia

revelando desenlaces sin cuartel:

Distorsiones persiguiendo realidades,

Realidades sin migajas de verdad.

Mi tristeza se escabulle entre las sombras,

se me aleja y se me acerca una vez más

en un baile de macabras consecuencias;

en la danza que el suicidio destruirá.

Es por esto que me voy a la farmacia

y me compro mi cajita de prozac.

La Bipolaridad

La bipolaridad es un estado en el cual el individuo pasa de estados de alegre excitación; conocidos como Euforia, a estados de profunda tristeza, definidos como Depresión, es por ello que les llamo Eufórico depresivos, en lugar del término “maniático depresivo” que usan los psicólogos, no me gusta el término maniático, es una palabra fea.

Ahora, la condición depresiva presenta las siguientes características:

1) Una honda tristeza sin causa aparente; que semeja al duelo que sentimos cuando muere un ser querido, que se conoce como melancolía.

2) La nostalgia que inmoviliza, basada en la creencia comúnmente falsa de que todo tiempo pasado fue mejor o en la espera de un futuro brillante que nunca llega.

3) Una distorsión constante de la realidad: Todo es oscuro, cenizo, brumoso; los colores aparecen opacos, grisáceos y sin brillo, los eventos y fenómenos que conforman la experiencia son interpretados de manera errónea y por tanto los errores se multiplican al infinito; y fracaso tras fracaso, la frustración invade al individuo.

4) Una perpetua apatía, que aunque se parece al conformismo; difiere de él completamente, ya que en el último caso la persona se siente satisfecha con lo que tiene y por ello se conforma. En cambio en la apatía la persona no está satisfecha con lo que posee, porque la apatía no es conformismo sino rendición. En este caso son comunes los pensamientos del tipo “ya basta”; “me rindo, no doy más “o “paren el mundo, quiero bajarme”, Por tanto la apatía es un “tirar la toalla”, un abandono de las propias expectativas, una renuncia de los propios sueños.

Las causas de la tristeza existen pero el deprimido las desconoce y no entiende el por qué de su estado. La “Terapia Cognitiva” orienta al individuo ayudándolo a descubrir las causas inconscientes de su depresión.

Advertencia:

Los medicamentos antidepresivos como la sentralina y el prozac, pueden producir adicción; por tanto han de ser administrados bajo estricta prescripción y vigilancia médica.

Autor: Felipe Antonio Santorelli

Alias: tonisan

Caracas, Venezuela