segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Poemas e Poetas
Pianista Boxeador
Estou escrevendo para agradecer pela publicação do conto Pianista Boxeador na 2ª edição da revista Musa Calíope. Achei que ficou maravilhoso. Muito obrigado, Abração, Daniel Lopes |
Alex R. Paiva
ALEX RODRIGUES PAIVA
tel.: 67-99785764
Corumbá/MS
UFMS
Mentes transfronteiriças
Num dos momentos mais magistrais de nossa História, estaremos todos derrubando as muralhas circundantes de nossas fronteiras pessoais e fazendo a grande integração que nos tornará membros de um mesmo clã.
Sim... há barreiras que nos isolam de nós mesmos. Que nos segregam de nossa própria condição humana. Que nos “egocentrizam” num mundo virtual, paralelo e sub-reptício.
Estórias trazidas à tona pela própria História. Nações inteiras afogadas num consumismo desenfreado, retirando de nossa galeria de conquistas a mais doce entre todas: a compaixão suscitada pela miséria alheia. São esses os nossos limitadores.
Somos seres... alguns, humanos, outros, simplesmente homo sapiens. Colocamo-nos no ápice da evolução das espécies, somos pois, os dominantes de todas as ditas subespécies restantes. Somos pois, os civilizados dentre todos os seres viventes nesta grande Nave-mãe-Terra. Seríamos mesmo?
Ao analisarmos nossas ações, chegamos a outras conclusões. Somos a única espécie juntamente com os porcos que poluímos a própria água que nos sustenta. Somos a única espécie que destrói seu habitat, não por necessidade, não por sobrevivência, mas sim por um vulgo “bem maior” chamado desenvolvimento industrial – mola-mestra de nosso tão celebrado Capitalismo. Somos a única espécie deste planeta que mata outros seres de sua mesma raça. E ainda sim, somos civilizados. Somos?
Talvez devêssemos ser mais silvícolas. Talvez devêssemos aprender mais com nossos companheiros de jornadas destituídos de civilização – os animais. Não construíram grandes impérios, é verdade! Não perpetuaram sua história nos séculos, não desvendaram mistérios indissolúveis, não chegaram a Lua... mas tampouco, destruíram seu planeta em nome da supremacia de seus interesses civilizatórios, mataram membros de sua espécie guerreando em nome de Deus, da paz ou da Liberdade.
Lembremo-nos que a desgraça não respeita fronteiras. A morte não precisa de visto e sua bagagem não possui limite de peso ou itens a serem levados. Ela simplesmente toma o que escolhe. Assim, o mal que plantamos em nossa enésima parte do planeta, terá sua contribuição diretamente proporcional ao mal maior em todo o ecossistema. Estamos vendo tais sinais. Geleiras contraindo-se alarmantemente devido ao aquecimento global, inundações catastróficas em várias partes do globo, secas exterminadoras, fome mortal... Percebemos pois, que tais eventos cataclísmicos são cada vez mais recorrentes e certamente decorrentes de nossa supremacia civilizatória. Tais paradigmas provam que a extra-territorialidade de nossas ações são transfronteiriças.
Há também que se notar que o homem como indivíduo integracionista possui fronteiras personalíssimas, afinal é um microcosmo associado a outros microcosmos formando legiões que devido aos seus laços sócio-culturais se acomodam de maneira nacional em seus “berços esplêndidos”. São essas fronteiras que são tão perigosas quando não se permite sua derrocada. Nunca se viu um gato, um cachorro, um avestruz ou qualquer outro animal com preconceito, com racismo de seu semelhante. Entendem-se todos dentro da mesma espécie como seres iguais. Respeitam-se mutuamente... Talvez esse seja o maior exemplo da Natureza: a equidade entre cada indivíduo e o respeito inequívoco entre eles.
Devemos lembrar a cada dia da necessidade de tratarmos nosso semelhante por meio do princípio reflexivo: somos todos reflexos genéticos de nossos antepassados, assim, compomos uma única sinfonia universal que em seus acordes mais afinados nos bradam a nossa fraternidade global, nossa igualdade racial e nosso bem maior, a liberdade transnacional desta grande Aldeia-Mundo. Somos todos de uma única raça – a Raça Humana. Somos todos de um só lugar – O planeta Terra. Assim, nada mais pertinente que entendermo-nos todos como pura e simplesmente terráqueos.
Caiam as fronteiras do egocentrismo de cada um de nós, caiam as fronteiras do preconceito nacionalista, caiam as fronteiras do preconceito racial. Este é o bem maior que a capacidade de reconhecer letras levará aos quatro cantos do planeta, esta é a bandeira a qual levantamos em nosso mastro espiritual. Esta é a proposta que a formação de Professores de Língua Portuguesa traz em sua contextualização: assim como o conhecimento não tem fronteiras – é universal, assim serão nossas atitudes enquanto Seres verdadeiramente Humanos. Seremos nações-corpóreas acolhendo outras nações-corpóreas, destituídas de preconceitos, racismos ou quaisquer formas segregacionistas que aniquilam a nossa capacidade plena de se reconhecer no próximo, sentindo em nós mesmos a dor que acomete o outro!
ENTRE GUERRAS Y BATALLAS (ONCE POEMAS)
Profesión: Soldado
La sangre encharca nuestras botas.
El fango cubre nuestros rostros.
El lodo inunda nuestros ojos.
La pólvora invade nuestras narices.
El miedo impregna nuestras gargantas.
La muerte ondea sobre nuestras cabezas
como bandera carmesí,
como caja de Pandora
como espada de Damocles
pende sobre nuestras nucas
la invisible y auténtica muerte.
El silencio es nuestro enemigo jurado;
el estruendo, nuestro mejor aliado,
el silbido de las balas
nos recuerda la fragilidad de la existencia
y los continuos estallidos
nos informan sobre la proximidad de las fieras…
A nuestro alrededor
todo es sangre
y miembros desmembrados pudriéndose sin dueños
y cuerpos mutilados sin aire en sus pulmones
y un mar de cadáveres hediondos a descomposición
y un sueño que se ha tornado en violenta pesadilla.
Defender
Frase que tuvo mucho sentido
antes de comenzar esta odisea;
y que nada significa entre disparos y demencias
¿Qué es
¿De qué vale una patria sembrada de cadáveres?
Los problemas fronterizos y las querellas entre naciones deberían resolverse en un cuadrilátero pugilístico; enfrentando a los presidentes, ministros, asambleístas y demás PERROS DE
Matar o Morir:
Las balas destrozan cuerpos y las ánimas comen almas
La sangre se mezcla con la aurora
Silbidos y explosiones aturden los oídos
No queda otro remedio que salvar nuestras vidas
matando al enemigo
matando al enemigo
matando
Matar o morir:
Esa es la consigna
El único lema que nos queda
La única ley a qué atenerse
La sangre se confunde con la aurora
La sangre se derrama sobre ocasos
que cierran sus turbios ojos
ante el clamor de la muerte
La muerte,
tan cercana y seductora
tan sublime y abrumadora
tan letal y desconcertante
siempre al lado,
en la sombra de nuestra sombra.
No podemos pensar en la humanidad del enemigo
Hay que odiarles
profusamente
profundamente
aunque nada nos hayan hecho:
Hay que odiarles con tesón
de otro modo
no podríamos matarles
y moriríamos a merced de sus rifles
a merced de sus tanques,
sus cañones, sus aviones, sus navíos…
No son hombres, son salvajes;
No son más que nuestros reflejos,
reflejos de nuestro propio salvajismo contra ellos:
espejos sangrantes, espejos heridos,
espejos fracturados, espejos desmembrados,
espejos mutilados, espejos descabezados,
solo espejos;
nada más que nuestras propias imágenes verificadas,
si en lugar de destruir nos volviéramos piadosos.
¿Es esta guerra necesaria?
Ya no importa,
Es tarde para la política
Es tarde para la paz…
Matar es lo único que puede salvarnos la vida ahora
Matar es lo único que puede devolvernos
a nuestras esposas
a nuestros hijos
a nuestros hogares.
Matar… para no morir
Matar sin piedad
Matar sin misericordia
Matar sin remordimientos
¡MATAR…O MORIR
Cavemos las trincheras:
Cavemos las trincheras,
hondas como fosas,
húmedas como tumbas,
terribles como pesadillas.
Aceitemos los fusiles
limpiemos sus ánimas
quitémosle el óxido
que todo lo corroe.
Nuestras vidas dependen de ello
Un arma encasquillada
es un pasaje seguro
de sola ida
a un féretro sin nombre…
La mitad de toda guerra es mantenimiento
la otra mitad es asesinato y muerte,
muerte, muerte, muerte y más muerte:
Muerte de los enemigos, muerte de los amigos,
muerte de la serenidad, muerte de la cordura,
muerte de los sentimientos, muerte de las emociones
muerte de las ilusiones, muerte de las esperanzas
muerte de la mismísima fe…
¿Qué queda después de una batalla?:
Fracturas, quemaduras, cortadas y cicatrices
hondas como el pánico que se instala en las entrañas
Y cadáveres y sueños rotos
Cadáveres flotando entre las olas
y peces y gaviotas comiendo sus residuos;
cadáveres alfombrando sembradíos
como festín para cuervos y zamuros
y familias desmembradas
y viudas fabricadas
y huérfanos construidos en serie
en ambos bandos…a distancia
!
Puro Instinto:
El suelo se estremece junto a mi alma
con cada estallido certero,
con cada atronadora explosión;
cada vez más cerca,
cada vez más real
y alucinante.
Corremos de un lado a otro
buscando guarecernos;
caemos una y otra vez
comiendo tierra;
nos alzamos nuevamente
y volvemos a correr
de espaldas y en retroceso
mientras disparamos al frente.
¿Dónde están las malditas trincheras
que cavamos anteanoche?
En la confusión
no me percato de los compañeros caídos
no me doy cuenta que hay heridos a ambos lados de mi cuerpo
no estoy en mi cuerpo;
alienado totalmente como máquina sin freno
corro y disparo,
disparo y corro
sin consciencia
sin razonamiento alguno…
Ya no escucho
Ya no veo
Ya no siento
Ya no pienso…
Me he transformado en un reptil
en una fiera asesina
en una máquina mortal
en instinto puro…
¡Si!
Eso es lo que soy ahora:
¡PURO INSTINTO!
nada más
Ataques Nocturnos:
El enemigo aprovecha la noche para asediarnos.
No es una fiesta
ni esos son fuegos artificiales;
es una masacre:
los soldados caen ante las ametralladoras
al lanzarse sobre ellas como moscas sobre la miel;
el NAPALM lo incendia todo a su paso;
las bengalas que atraviesan la oscuridad nocturna
hiriéndola como saetas sin destino ni acomodo;
son balas depredadoras buscando a su presa,
alcanzando a su víctima
para morir en ella
como mueren las abejas al clavar sus aguijones.
Aquí,
no hay sitio para súplicas
no hay lugar para piedades
no hay tiempo para simpatías
no hay afectos, ni querencias, ni aprecios
y el amor es sólo un cuento de hadas
tan lejano y tardío como las flores en invierno.
Aquí
hasta Dante habría temblado de terror
este es el edén ideal de Jack el destripador
este es el sueño fiel de Freddy Krueger
este es el mismísimo averno abriéndonos sus puertas
minuto tras minuto,
con cada esquirla
con cada mortero
con cada explosión
con cada sensación
de desasosiego…
El enemigo aprovecha la noche para atacarnos:
Dormir es otra forma de morir…
Naturaleza Indiferente:
¡Qué extraño!
La serena calma;
junto al rumor alegre de arroyuelos,
al trinar melodioso de las aves,
al cantar celoso de los cuadrúpedos
y más calma
contrastan totalmente
con el fragor de nuestras constantes batallas.
a los desmanes fratricidas del Homo Sapiens
sigue su curso evolutivo
en un desplante invicto y silencioso…
¡Cuánta paz Dios mío!
¿Cuánto durará?
PIM PUM PAM
¡Fueeeego!
¡Y aquí vamos otra vez!
Recomienza la carnicería
A
Atrapado en una fosa dejada por la explosión de una bomba
rodeado de cadáveres ya putrefactos
sumergido en mi sangre, sudor y lágrimas
lágrimas resentidas, de desesperación
y odio y rencor y resentimientos…
pero
¿no sienten ellos lo mismo contra mi persona?
¿no es mi adversario tan humano como yo?
Tal vez incluso tenga una esposa
e hijos
una familia que ruega a Dios porque regrese con vida
como lo hace mi propia familia más allá de este infierno…
¡Noooo!
No debo pensar así, ¡me costaría la vida!
El adversario es mi enemigo
es un ser vil y asqueroso,
un salvaje
un desalmado
¿cómo lo mato si no me convenzo de ello?
¿Y cómo me mantengo vivo si no mato a quienes me agreden?
¡A
Ni Buenos Ni Malos:
Nos reímos del enemigo en las pausas
y temblamos ante él en la lucha.
Es así como sobrellevamos esta guerra:
poniendo sobrenombres y haciendo sorna del contrario
para alimentar así el odio que nos impele a creer en la falacia
de que el contrario –y no yo- es el malo de la película.
Los descalificamos, denigramos, deshumanizamos;
para regar así el rencor que germina en nuestras almas
y para acrecentar el resentimiento que nos permite matar
sin escrúpulos, sin remordimientos, sin pensar siquiera;
y para; así,
mantenernos con vida
un día más
una hora más
un segundo más…
Pero en las guerras no hay buenos ni malos
hay intereses creados
hay tajadas de poder
hay porciones de territorio
hay geopolítica e imperialismo
-¡Codicia en ambos bandos!-
Pero no hay malos
y tampoco hay buenos
sólo hay soldados en las guerras
tratando de mantenerse con vida
a fuerza de matar a sus adversarios
en el frente de batalla…
Espectros:
La personalidad se deforma
ante tanta aberración dantesca.
El yo se desintegra.
Los fantasmas al fin asaltan mis sueños;
persiguiéndome y exigiéndome cuentas.
¿A cuántos habré matado ya?
Cuerpos desmembrados cubriendo el suelo
“yoes” desmembrados colmando la mente.
Los espectros de soldados adversarios
me gritan entre sueños ¡ASESINO!
Me acusan de fabricar ataúdes y féretros
y huérfanos y viudas y llantos infinitos.
¡Asesino, asesino, asesino!
se repite como un eco la sentencia
que destroza todo signo de cordura…
Pero ¿qué otra cosa podía hacer?
¡Si la ley es matar o morir!
Matar y morir
Porque morimos otro poco
cae vez que cae un adversario
bajo el fuego insensible
de los rifles que empuñamos.
He muerto ya tantas veces
como enemigos he logrado abatir
He muerto ya tantas, tantas, tantas veces
que me provoca reír
reír para no llorar.
reír hasta la asfixia
reír hasta el deceso.
Soldado Desechable :
El soldado es desechable
Lo importante es mantener la posición
No ceder ni una micra de territorio
Vale más un nanómetro de tierra quemada
que la vida de un batallón de hombres:
He aquí la lógica de la guerra…
Los Perros de
Así hablan los perros de la guerra:
-Hay que defender el honor
Hay que defender
Hay que defender la ideología
Hay que imponer un nuevo orden mundial
Hay que imponer al hombre nuevo…-
Terminado el conflicto
los perros de la guerra
recogen el Poder
el resto de la población
recoge sus cadáveres…
La guerra trae consigo hambre
La guerra trae consigo plagas
La guerra incrementa la miseria del hombre
Las rencillas se multiplican
Los odios se encarnecen
Los xenófobos se multiplican
como termitas que todo lo devoran.
Y las enfermedades
todas las enfermedades…
El trauma del soldado pasa de padres a hijos y de hijos a nietos
La desconfianza se arraiga en las familias como cáncer social
que perdura por centurias y milenios…
¿En verdad queremos más guerras?
Ya es hora de bajar a los héroes de sus pedestales
y a los mártires de sus cadalsos.
¡DILE NO A
Autor: Felipe Antonio Santorelli
Alias: tonisan
Caracas (Venezuela)
ALGUNAS INQUIETUDES
De tonisan:
Así Nace la poesía:
Imagínate a Dios como a un Árbol.
Un árbol antiguo como el Pino, alto como
Imagínalo desperdigando sus semillas al viento, unas caen por aquí, otras caen por allá, otras acuyá y aún otras más allá.
Y todas las semillas germinan, crecen, se desarrollan, florecen y sueltan sus versos polínicos que viajan a galope tendido sobre el lomo de las brisas, en una búsqueda frenética de semejanzas y de floridas igualdades.
Y los versos se re-encuentran, se reúnen, se celebran y festejan unos a otros en poéticas danzas de felicidad, solidaridad, hermandad, alegría y verdad.
Así nace la poesía, así brota acrisolada por los vientos, los incendios, las heladas, los abismos y las simas.
Así surge bendecida por las flores que recrean en los versos inquietudes tan humanas, tan sensibles, tan hermosas, tan profundas, tan reales e irreales, misteriosas mocedades que eternizan sentimientos y piedades y empatías por doquiera.
La versatilidad es flexibilidad ante los eventos y fenómenos universales que enfrentamos en cada instante de nuestras vidas.
Y en poética, versatilidad es la capacidad de escribir en cualquier estilo poético que se nos presente; y esta tarea es la más sencilla del mundo. Para conseguir versatilidad poética, todo lo que tienes que hacer -paradójicamente- es dejar de pensar en ti como en un poeta y cambiar el paradigma...
¡Nooooooooooo! No digas que eres poeta, di mejor que eres poema (a la final la diferencia es de una sola letra)çPor qué eres el poema andante, ambulante, anacrónica, atemporal, multidimensional e infinito.
Sólo conseguirás ser versátil cuando logres trasformarte en el poema que quieras escribir; para alcanzar la flexibilidad tienes que:
Mirar versos cada vez que abras los ojos
Escuchar versos cada vez que pares las orejas.
Oler versos con cada inspiración de aire.
Comer versos, beber versos, respirar versos
Desparramar versos cada vez que abras la boca
Latir versos desde tu corazón inquieto...
En pocas palabras tienes que convertirte en un manojo de versos
Hecho de versos tu cuerpo
Forjada en versos tu alma
Formado por versos tu espíritu
¿Y cómo se logra todo esto?
Más fácil, imposible; la única diferencia consiste en creer o no creer.
Al creerte poema pasas el interruptor que te mantiene a oscuras y enciendes la luz de la versatilidad...
Como yo lo veo sólo tenemos dos posibilidades:
1)Hágase la luz
y la luz se hizo
2) Hágase la luz
y se fundió el bombillo
Buahajajajajjajajajajajajjajajajajjajajajajjaja
P.D.:
¿Qué pasó con los cuadernos que se sientan a escribirse?
Bolas de Billar:
Somos bolas de billar dando tumbos por el mundo.
Nos encontramos, tropezamos y movemos en caótica incoherencia
¿Eres tú la mariposa china que desconoce el daño que ha causado su aleteo en mi rincón Caribeño y Vesuviano?
Entre fractalidades indefinidas y el Nuevo Orden Mundial se despeinan los eventos irreales que disfrazan sus embustes de realidades incontestables. ¿Por qué incontestables?
¿Por qué no discrepar por enésima vez?
Somos bolas de billar desatadas en la mesa terráquea
¿Quién sostiene el taco?
Calor insoportable
La Naturaleza
impávida y apremiante
es una estampida de caballos desbocados,
es un enjambre de abejas atormentadas,
es un frenesí indetenible y arrasador;
es aluvión, tornado, huracán y terremoto,
oleaje impostergable,
lluvia erosionando las imposiciones del "Yo"
Luchar contra mí mismo
desde siempre, para siempre
en la búsqueda irreal y sempiterna
de una verdad esquiva, evasiva y opaca.
Luchar contra mí mismo
entre una taza de café y una cerveza,
deshaciéndome en el humo de una colilla
como un agujero negro tragándose a sí mismo.
Cómo quisiera matar el día
con un cuchillo de palo floreado.
Cómo quisiera aniquilar las esquinas
que tienden diariamente su emboscada
en las calles de ciudades inhumanas.
Y pasearme; ¿por qué no?, por los lares imposibles
de que tanto hablaron genios como Neruda,
y volcar toda emoción;
benigna o malsana,
más allá de este planeta.
Cómo quisiera que los monitores
se abrieran en un vórtice infinito
y caer en un sopor cibernético y profundo
cada vez que formateo la sagrada computadora;
o respirar códigos binarios impredecibles y aleatorios
cada vez que enciendo mi humilde ordenador.
Y prenderme de la sotana de una monja
para rezarle un último rosario;
y amarrarme a la cola de un cometa
para salir disparado finalmente
de ésta realidad monótona y redundante.
Y atarme los zapatos
con un soplo de brisa vespertina
y caminar galopando en la intemperie
para lavar heridas y viscicitudes
bajo la bendita agua que nos cae del cielo.
Pero el cielo se nos ha transformado,
pero el cielo se nos ha vuelto gallinero
pues la lluvia huele a estiércol de gallina:
¡Literalmente!, al menos en Caracas.
Lo sé, divago...
me bato en cruenta pugna entre sandeces y tonterías
pero es que el bochorno me pone belicoso
malhumorado y gruñón.
Y es que éste calor abrasador
(cincuenta grados en la sombra)
derrite hasta las ideas más geniales
mientras nos acosa como harpía en sobrevuelo
al acecho de una presa ya vencida por la modorra.
Este calor; nefasto, cruel, invencible y fiero...
¡este calor...!
¡Por Dios que llueva ya!
Citadinos:
Es difícil despertar de un sueño bucólico
de arboledas y jardines florecientes,
y arroyuelos y fragancias y conejos
deambulando por los prados de la mente.
Vil cemento que endurece corazones;
que blasona sus lápidas marmóreas
en los únicos colores que danzan en el aire:
son los negros, son los grises, los cenizos
y los únicos olores que nos llegan
son los gases, los hedores de la muerte.
Qué pasó con los verdes de los bosques
dónde están los cristales de las aguas.
Las vitrinas que se burlan de los ojos
encandilan con sus trajes y sus farsas:
Los rincones, callejones, basurales
nos acechan como harpías del olvido.
Somos presas de la jungla de cemento
que buscamos madrigueras escondidas
y detrás de las rejas y barrotes
nos soñamos en silencio con las lunas
que le cantan a las noches estrelladas;
nos soñamos cautamente con cascadas
entrevistas en pantallas y en afiches
y callados lamentamos nuestro sino
de insolentes y de aislados citadino.
Ciudad:
Ciudad que duermes los sueños de un ocaso
ciudad que esperas promesas de un acaso
ciudad tranquila, serena, conciliada
que espera inerte la última estocada.
Ciudad que guardas tu última promesa
ciudad que pones tu pan sobre mi mesa
ya no recuerdas la paz que atesorabas
cuando paseabas, paseabas y paseabas.
Ciudad de lunas quitadas al celeste
ciudad desnuda curtida por la peste
a dónde van tus llantos de papel
de dónde vienen tus risas de oropel.
Ciudad pujante, vibrante, arrolladora
con prisas siempre, volando a toda hora;
ciudad soberbia y falta de energía
sudando sangre, terror, melancolía
y respirando el humo de automóviles
en dónde están los sueños que; inmóviles,
nos prometías antes de haber nacido.
A dónde fue tu suelo prometido…
Del Abandono:
A quién pueda interesar:
Sólo es posible abandonar aquello; que de hecho, nos pertenece o a aquellos sobre los que tenemos responsabilidad, por no ser ellos aptos para su propia manutención.
Así, se abandona un reloj, una brújula, un perol o cualquier otro objeto de nuestra pertenencia, y así también se abandonan a los hijos, a los ancianos, a las mascotas o a cualquier otro ser vivo sobre el que tenemos responsabilidad, ya sea por voluntad propia o por voluntad de Dios.
Lo que es IMPOSIBLE, es abandonar a un adulto o ser abandonado por él.
Esto es así porque todo adulto se pertenece sóla, única y exclusivamente a sí mismo, y todo adulto es el único responsable de sí mismo, de sus actos, palabras y pensamientos.
Por tanto si algún adulto que leyera esto, se sintiera abandonado; pregúntese en qué momento se sometió a una voluntad distinta de la suya propia, haciéndose ESCLAVO VOLUNTARIO de otra persona o en qué momento dejó de asumir la responsabilidad sobre su vida; volviéndose JUGUETE DEL DESTINO; pero por favor señores, ya no anden pregonando que fueron abandonados ni anden reclamándoles a nadie sobre abandonos.
La única posibilidad de que un adulto sea abandonado es que lo sea por sí mismo.
¡GÚSTELE A QUIÉN LE GUSTE Y DUÉLALE A QUIÉN LE DUELA!
El Perdón:
El perdón no beneficia al perdonado, si no al que perdona, pues limpia su alma del lastre representado por recelos, resentimientos, odios y deseos de venganza que envenenan las almas.
En ese sentido, necesitar la petición de la otra persona para perdonar es una condición altamente errónea, ¿qué hay de los difuntos?, ¿qué hay de los ausentes?
Los difuntos ya no pueden pedirnos perdón porque no están y lo más probable es que a los ausentes no los volvamos a ver.
No puedo hablar por los demás así que hablo por mí, a mí nadie nunca me pidió perdón por las marramuncias que me hicieran, y si hubiera tenido que esperar dicha petición para perdonar, mi alma ya estaría muerta por envenenamiento, yo sería nada más que un cuerpo vacío, sin nada adentro. Y esto es así porque
Finalizo recordando que perdonar no significa olvidar si no poder recordar sin resentimientos.
Por eso, aunque la otra persona nunca se entere ni te pida perdón, tú perdona, te sentirás más livianito.
Te Reinventaría:
Te reinventaría mil veces si no existieras mi vida
te haría de miel y azucenas y de magenta y de ocres
y de cerezas y kiwis y de cortezas en flor
te haría rosada de auroras en una playa desierta
y te vestiría con cien lunas y farolitos de luz
te llevaría por las calles empedradas de Roma
quién voltearía a mirarte con su espejado rubor
para plasmarse desnuda, ciudad del más tierno Amor.
Y pincelarte podría con plumas multicolor
de tantas aves que viven en mi universo interior:
entre azulejos azules y entre flamingos rosados
los cardenales ardientes y los turpiales dorados
los picaflores brillantes y las gaviotas nubladas
se rendirían a tus pies y te darían sus colores
para llenarte de vida y de preciados favores.
Pero aún así no serías tan linda como te veo
tan bella como te sufro, tan tierna como te quiero
pues nunca podré igualarme al pincel del Creador
que cuando te hizo le puso su más ferviente pasión...
Árbol Familiar:
La pareja es como un árbol que da un fruto especial
un fruto que da frutos por si mismo y por millar
un fruto que es sensible y es humano y es real
un bebé que necesita del abrazo maternal
de los mimos y los juegos que le entrega su papá
y nos llena de alegría
la existencia día a día
La pareja es alameda con sus hojas de laurel
que bendicen con sus hijos al planeta en que vivimos:
con sus risas y ocurrencias señorean nuestro edén
y devuelven la paciencia junto al goce que perdimos
esos hijos de las madres abrazadas a las ramas
nos encienden en el alma nueva vida y nuevas llamas
La pasión por la verdad,
y el amor a la lealtad
braman, vibran nuevamente
en el cuerpo y en la mente
por el fruto de ese vientre
que llamamos...¡mi mamá!
Un “para siempre”:
¿Sería mucho pedir una mirada?
tal vez un alquímico silencio
tal vez una pausa sin destino
y con entrega.
¿Sería mucho pedir etéreo aroma
llegando desde tus lejanías hasta mi olfato?
Es mi pluma quién te evoca
es mi mano quién persiste inútilmente
en rememorar la sedosa lozanía de tu piel indiferente...¡
No, ¡mi linda!
No soy yo quién requiere tu presencia
es tan sólo mi alma agitanada y solitaria
buscando los tesoros ya perdidos
en las profundidades abismales del recuerdo.
Tu imagen entallada, cincelada y bien tatuada a mi memoria
no puede deshacer este deseo de ubicarte
este álgido deseo de correr hasta tu vientre
y cayendo de rodillas ante tu austera majestad
abrazarme a la esperanza de una nueva aventura
que incluya esta vez un "para siempre"
Tu Sensibilidad:
Los misterios ya desnudan sus arcanos
iluminados por tu espléndida mirada
Las mentiras caen rendidas a tus pies
malheridas por tu tierna y fiel sonrisa
Tú; mi hermosa guerrera luminosa;
Juana de Arco temeraria y linda
bella flor de desiertos despiadados
Luna blanca entre tinieblas tremebundas
eres tú la esperanza del cautivo...
Aunados a tu sinceridad
galopan juntos
el Valor y
y eres Reina de los reinos que atesoro
y princesa de preciados principados
madurados por amores sempiternos
como frutos que jamás se pudrirán
Son los frutos de tus obras manifiestas
de piedades y empatias solidarias
los que cubren estas ramas recubiertas
por la magia de tu sensibilidad
Tu Danzar:
Tu danzar es fantasía
que regala mirra y oro
tu fulgor es melodía
que me enciende cada poro
de esta piel que es tuya y mía...
De ese cuerpo que atesoro
y está lleno de armonía
quiero el baile -sin decoro-
de tu vientre y su poesía;
quiero danza de vaivenes
quiero risas de alegría
adornando los edenes
de tu hermosa simpatía
Te voy a sembrar:
Amasa la masa y hornea los panes
la masa de pieles, la masa de almas
de espíritus nobles mezclados doquier
Amasa la masa y hornéame en tu temple
yo quiero ser trigo para tu molino
yo quiero ser pan en tu horno divino
yo quiero ser llama que alumbre tu frente
y quiero ser vino que sacie la sed
de senos de aurora y de piernas bruñidas
de cielos miradas miradas al cielo
que si yo te lluevo te voy a sembrar...
Te siembro y te siembro amor que germina
te siembro divina y te llevo a un altar
de amores que zurcen los sueños de vida
la vida que quiero sembrar en tu mar.
Somos lo que Somos:
Somos lo que somos, no somos lo que vemos
somos mucho más que deseos desvelados
somos mucho más que pasiones inconexas
somos mucho más que la piedra en el camino
Somos lo que somos, no somos lo que oímos
somos algo más que el ruido de las calles
somos algo más que el murmullo de las olas
somos algo más que el romper de los latidos
Somos un silencio que crece y que se expande
somos armonía melódica y fragante
somos melodiosos amores que sembrados
dan frutos que dan frutos que dan frutos diamantados
Somos las estelas que dejamos en la historia
somos las palabras que bañan las memorias
somos el recuerdo en aquellos que nos aman
somos el redoble de creencias libertarias
Y somos más que eso, vibraciones espontáneas
de sueños que se igualan en sueños hermanados
pues ante todo somos mucho más que HUMANOS
Sueño contigo:
Despierto entre tus brazos
cuando me quedo dormido
y no quiero abrir los ojos
por temor a que te has ido.
Despierto entre tus brazos
...cuando me vence el sueño
y me gozo tus caricias
en medio del dulce ensueño
Despierto entre tus brazos
cuando me quedo dormido...
Sin Palabras:
Sin palabras te amo más y más que nunca
sin palabras se desnuda el sentimiento
sin palabras rectifican los laureles
sus destinos olvidados por los vientos.
Una seña bastaría para amarte
una seña desatando los tornados
una seña, estampida de huracanes
una seña, solo una...
una espina y un descarte
Un enjambre de siluetas coralinas
se despide de las olas de la mar
y un cardumen de pirañas asesinas
se me acerca despiadado sin mirar
son deseos circuncisos y abnegados
son las muertes putrefactas del olvido
No me olvides, no recuerdes que me olvidas
no te alejes sin que el círculo se cierre
no te vayas si no vas a regresar...
Sin palabras me dejaste dulcemente
como el ave que abandona su nidal
y no vuelve, ya no vuelve nunca más
Siento que Di-siento:
Disiento
porque siento
que lo siento...
No lamento
el tormento
de un intento
inadmisible
de volver a reencontrarte
Lamento
el portento
de tus ojos de avellana
que no miran mi mañana
que no observan mis caléndulas plateadas
adornadas
por las hadas que no existen
mas persisten
en amotinar mis pretensiones
con canciones de inquisiciones
maquiavélicas
eclécticas
sintéticas e irreverentes.
Por eso digo que Di-siento
porque no siento
tu cercanía
alma mía
Recuerdo Curativo:
“Haber amado un instante es mejor que no haberlo hecho nunca, porque el Amor es el motor del Universo, y porque Amor no es algo que sentimos, sino que Amor es todo lo que somos”
(Yo Mismo)
Pasaste por mi lado como arcano oculto
pletórico de tesoros indivisibles
y yo;
labriego obtuso, ebanista tenaz, escultor avariento,
quise desmembrar tu luminosa esencia,
quise cambiar tu estirpe y tus talentos,
quise mejorar la perfección divina
y caí en mi propia trampa...
Pasaste como el canto de paraulatas y turpiales
pasaste como plumas de flamingos encendidos
pasaste como alas de cometas siderales
y quise atraparte, detener tu vuelo cósmico
con el aullido solitario de un lobezno ya sin lunas
y caí en mi propia trampa...
Pasaste con tu rostro de alegrías festejadas,
pasaste con tu albor de sirena equidistante
pasaste con caracolas melodiosas por cabellos
en el lomo de un caballo galopando entre infinitos
y dejaste tras de ti tus estelas escarlata
y dejaste tras de ti tus escarchas diamantinas
que llovieron sobre mi alma solitaria
cual presagio de esperanzas trovadoras
y milagros duraderos y señales del buen Dios
que se apiada de mejillas invadidas por rocíos de tristeza
y fue en ese; tu recuerdo curativo,
donde al fin recobré nuevamente la cordura
para volverme poema que hoy te canta
y te canta, y te elogia, y te canta...
La poesía es el ritmo
La poesía es la música
Vibración solemne
como danza cósmica
Parturienta está
la hoja blanquecina
Parturienta ya
de palabra fina
entramada en tramas
de esplendor y llamas
que bailando van
que bailando llegan.
Las palabras albas
del papel se alejan
y al oído arriban
con vibrar sereno,
Diáfana es su danza,
dócil su belleza
cual canción de cuna
o canto de sirena.
Colorida con
palpitar de estrellas
como un corazón
lleno de centellas.
Así va la danza,
titila y titila
y cándida se acerca
como niña ingenua
con su magna fiesta.
La poesía es el ritmo
es música celeste,
Es cual paraíso
mágico y silvestre.
La poesía me pone
siempre de cabeza
porque la poesía
es Naturaleza.
Civilización
falta de poesía
es como una vida
escuálida y vacía.
La poesía es la poesía
es belleza y alegría
es también un sentimiento
que desborda desde adentro
La poesía es la poesía
no es tan solo fantasía
es también sensualidad
sazonada con verdad
La poesía es alma mía
es también mi día a día
es la fuente de mi canto
y ese amor que me ama tanto
tanto, tanto, tanto, tanto,
como amo su beldad
La poesía es agonía
muchas veces, noche y día
es angustia que sofoca
cuando sale de mi boca
ese verso que declamo
con mi corazón en mano
Que si rima o si no rima
poco importa al que me lee
si consigo emocionarle
arrancándole una lágrima
o sembrando una sonrisa
en su rostro; que invisible,
al leerme me conoce...
Y si escribo mi alma entera
y la plasmo en el papel
¿cómo espero que no quiera
algún alma entretenerse
con mis hondas inquietudes
con mis altas esperanzas
con mi utópica sentencia
de que el mundo ha de cambiar
si aprendemos cómo amar...
incondicionalmente
Verso a verso:
Verso a verso
vamos palpitando
en un peregrinaje
hacia emotivas sensibilidades.
Nos aferramos a poéticas,
estéticas,
retóricas,
como al oxígeno
y tropezamos
y volvemos a levantarnos
-frente en alto-
sin desfallecer jamás
en la búsqueda de ese ritmo
y de esos tropos
que le den vida
a nuestras risas,
a nuestras rabias,
a nuestros llantos.
A nuestras tiernas invocaciones
de recuerdos entallados en el alma
El tormento de escribir:
Qué es esta senda que atesoro testarudo;
este vagar sin aire, ni descanso, ni destino,
este viajar inhóspito, insensato y ya sin tino
por rumbo incierto, vano, escondido y rudo.
Qué es esta pasión que; sin permiso, me cobija
y quita el frío y el calor y acerca los sepulcros
y viene riéndose y escalándome los muros
y se deshace; a veces, a través de una rendija.
Qué es esta vocación tan arbitraria
que me condena al libro y a la pluma
que me lapida con sus tropos y su espuma
y me degüella con su estrofa temeraria.
Qué me hace escribir tanta penuria
y tanta insensatez tan brusca y lerda
y tanta letra, tanto verso...tanta mierda
poblada de señuelos, ilusiones y lujuria.
Deponer mi pluma quiero, mas no puedo
me asalta inclemente el frenesí por la escritura
y siento desazón, manía, temblor, locura
si no atiborro la hoja con mi fatuo dedo.
Qué es esta maldición que tanto me atormenta…
Quienes me han poseído hasta tal punto
que ya no entiendo nada en este asunto
pues si no escribo
¡mi mente explota y mi alma se revienta!
Hablemos de ti:
Hablemos de ti, por un momento;
busquemos tus razones, tus angustias y deseos.
¿Quién eres?, ¿qué quieres?, ¿qué buscas?
¿Qué se esconde bajo las profundidades pelágicas de tus “yoes” en pugna?
¿Qué hay tras el murmullo de tantas voces compitiendo por tu conciencia?
Hablemos de ti, por un segundo;
sepamos de tus sueños, decepciones y conquistas.
¿Qué has hecho?, ¿qué haces?, ¿qué harás?
¿Quién se oculta entre los recovecos inexplorados de tus “yoes” en pugna?
¿Quién busca someter tu imaginación a tantas fantasías desenfrenadas?
Hablemos de ti, por un instante;
¿en verdad eres tú quien crees que eres?
¿Serás acaso el resultado de la suma de tus experiencias?
¿o eres tal vez la lluvia de sucesos que empapan tu presencia?
¡Pues no!, ¡no y no!
No somos nuestra experiencia, somos en cambio
lo que logramos hacer con ella…
Amistades:
Amistades aromadas por distancias;
reforzadas por escudos y armaduras
ensamblados con recuerdos y sonrisas.
Amistades sobrevuelan universos
en etéreos espejismos que se hacen realidades
por el sueño del regreso y la derrota de la ausencia.
Amistades formidables que estuvieron cual consciencia
evitando malos pasos en caminos desleales
al amigo, al hermano,
al Yo Mismo reflejado en otro ser...
Amistades que forjaron la persona que hoy escribe
regalando su cariño, su enseñanza y sus afectos
regalando su experiencia, su legado y sus ejemplos
Amistades se eternizan en el tiempo
que es caudillo de las eras de la historia.
Se acrisolan y moldean, aceradas e invencibles,
con instantes y momentos que se han hecho ya inmortales
con las risas, las sonrisas y aspavientos,
los consuelos, comprensiones, sufrimientos
los recuerdos, remembranzas, sentimientos
que no cesan de bullir siempre aquí adentro
Amistades, les dedico hoy estos versos
pues expresan la verdad de una emoción
que les quiero con todo el corazón...
Besando
Paradoja embellecida por alforjas
que sedientas se apoderan de mis labios...
En tus labios
el portón de los edenes infinitos
regalando sus promesas ancestrales
se me advierten como nubes de algodón
asomando dulcemente de su aurora.
Es tu aurora
matizada de sonrojos y de fucsias
entre azules celestiales y amarillos
ese cuadro en que quiero sumergirme
ese lienzo al que quiero encadenarme
renunciando al tesoro más preciado
que al hombre el mismo Dios le haya otorgado:
Mas preciada es tu caricia de un instante
que la vana, aunque eterna libertad...
Hazme esclavo de tus besos
Hazme siervo de tu abrazo
Hazme tuyo para siempre
aunque el siempre sea el instante que atesoro
en caricias que me fluyen de las manos
como aguas cristalinas resbalando,
dirigidas; cual afluente, a la vega de tu piel...
En tu piel coronada por los ríos
yo confluyo tan sereno como fiero
y te busco el océano ocultado
por tus piernas; que bruñidas, me remontan
hasta nébulas de pasiones indecibles
para luego re-lanzarme hasta el abismo
del deseo que me brama y que me bulle
del deseo que me hierve y que me implota
y que busca sólo el beso de tu boca
esa boca cuyo beso es la verdad
Canción Gitana:
Es que tu encanto me encanta
mi preciosa gitanilla
canta, canta, canta y canta
con trinar de pajarilla
lléname de albor la villa
y de luces mi pesebre
quieras tú ser la orfebre
que trasforme en oro lindo
el sabor a tamarindo
que me ha donado tu boca
porque tu canto provoca
el oleaje de los mares
el calor de los hogares
el sabor de las ciruelas
y el fulgor de lentejuelas
que visten los orbes celestes
con sus divinas vestes
solo porque te admiran
y por tu encanto deliran
junto a mi corazón gitano
que late cuando tu mano
roza mi piel desnuda
con tu caricia menuda
y tu verso soberano
De ámbar y miel te los tallo
los tesoros de Fortuna
y los entierro en tu duna
que es raíz para mi tallo.
Tu canto es cielo y poesía
que se vierte en mi persona
eres clavel y corona
que se viste de alegría
y eres
que obedece el intelecto
cuando me hago el arquitecto
de columnas y dinteles
en tu cuerpo de aguamieles
y te haces verso y prosa
cuando en mis manos rebosa
la belleza de tus flores
y el sabor de tus amores
Y olé
Barco Fantasma:
Navegando taciturno en tus ausencias
re-descubro los canales de tus golfos
reencuentro las orillas de tus playas
donde yacen enterrados los tesoros
que abonaran tus caricias y tus besos
en mi viejo barco naufragado
-galeón que diera mil batallas
y hoy es ya desecho de arrecifes-
Mi respiro en tus pulmones lo he perdido
Y mi aliento se ha hecho presa de tus huellas
ya no quedan sino estelas espumosas
evocando tus cabellos de pleamares
Ni la luna ya se acuerda de mi tierra
ya no alumbra con su plata mi horizonte
ya no deja en mis silencios sus crecientes
ya no mengua ni siquiera en mis ponientes
Solo gatos se avecinan a mi encuentro
esos gatos que descubren sigilosos
el olor de los ratones moribundos
que han parido por alquimia mis pasiones
que han vertido por inercia mis deseos
Este espacio no es espacio...es estrecho
de corales afilados recubierto
este pecho ya no anida ni los vientos
que se quejan -sibilantes sin fronteras-
Este buque ya se ha hundido tantas veces
que no espera ya encontrarte en algún puerto,
es galeón que ha perdido hasta la quilla
y sus velas son raídas por fantasmas
de los días en que tuve entre mis manos
tu piel tersa, tus tesoros y mi adiós
Azul:
Soy azul porque me cubres de suspiros marinos
Soy azul porque me llenas de lamentos celestes
tan azul soy como el pensamiento en flor
como el azulejo en vuelo
como el mar cuando el mar es más azul
como la brisa disfrazada de invisibilidad
como la máscara que sueles ponerte
cuando te enfadas conmigo
Así de Azul, más aún
profundo azul que casi se vuelve lila
y a veces tórnase magenta
Y lilas hay en tus ojos
y magenta es tu delirio
que; entre astros ingrávidos,
rememora mis ausencias.
Quisiera yo volver a ver las lunas de Marte
antes de las guerras de galaxias.
Quisiera yo volver a ver a Venus
antes de su calentamiento global;
y quisiera internarme contigo
en las tormentas ancestrales
de Júpiter y de Saturno
para disolverlas a fuerza de besos
con nuestro amor irreverente...
Es en tus plenilunios donde florecen mis jardines
es en tus jardines donde se aplaca mi sangre
y es en tu sangre donde extravié mi espíritu.
En el Aula:
Clase de matemáticas:
Se habla de polígonos
mientras observo absorto
tus tenues y sinceras curvas
tan carentes de aristas.
Se habla de derivadas
mientras mi amor por ti
alcanza finalmente
el límite que tiende al infinito.
Se habla de integrales
y se integran mis deseos a tu figura
sin pedir mi permiso
y con mi total beneplácito.
Se habla de círculos
y pienso en el ciclo de los fenómenos
en la reiteración de los eventos
mientras sonrío
pues ya te veo entre mis brazos.
Y luego lloro por tus elipses
y luego clamo por tus hipérboles
y luego sudo entre matrices
de los deseos de tus arqueos
-Despierta Santorelli,
baja ya de esa nube-
¿Y QUÉ ESPERABAN DEL PROFE?
¿Cómo alguien tan racional
puede entender mi locura
por sus tiernas miradas
secantes, tangentes y cotangentes
cuando admiro su co...seno
Buahajajajajajajajajajajajjajajajaj
Vive y vive:
Por qué cortas
con el hacha el hacha
si la tea de pino
se te apaga.
Por qué lloras
tu rocío helado
si sólo un suspiro
te empalaga
No te vayas
a morir por dentro
que la vida es corta
y algo vaga.
Esa lumbre
que brilla en tu pecho
es la llama bella
que naufraga.
No la dejes
naufragar silente
sin hallar el faro
de tu saga.
No la dejes
apagarse como
sacrificio inútil
de una draga.
Vive y vive
por tu vida linda
que la vida es buena
¡Y si paga!
No Desnudo Mis Sentidos:
No desnudo mis sentidos
sin tu corazón de abrigo
sin tu noble celsitud
ya no creo en la virtud
y es que oreabas con tu aliento
los valles de mi lamento
y brotabas en ellos flores
de alegría y convivencia
con tu sola presencia
cuando tuve tus amores.
Cuando tuve tus amores
tuve sueños tan reales
que hasta los pedernales
se aromaban con las flores
de tu mágica poesía
y hasta el agua más fría
entibiábase serena
si tu sonrisa amena
rozaba con su mirada
una gota suspendida
sobre su faz helada...
No desnudo mis deseos
si tu rostro ya no veo.
Si he perdido tu beldad
prefiero la soledad
a buscarte en otras faldas
Mejor un buen Ron de Caldas
y una dulce borrachera
que engañarme entre las alas
de un nido que; por ajeno,
para mi alma nunca es bueno....
De Amores y Nalgas:
Kilimanjaricas Nalgas (Poema 1)
En las faldas de tus kilimanjaricas nalgas
los leones abaten a las cebras
la gacela escapa del guepardo
debate de vida y muerte
en que el depredador deseo
devora mis pasiones sin piedad
Mujer...
me inspiran los prados
y las selvas y sabanas
ocultas por tus nevadas faldas
como tesoros ancestrales
guardados en guaridas hermoseadas
por las perlas y las joyas de tu encanto
Nalgas Hidalgas (Poema 2)
Fiesta sobre sabanas y selvas
fiesta en lo profundo de ríos
entre calores y fríos
se escabullen las melvas
bailan las arañas
en mis entrañas
por tus nalgas
hidalgas;
Amor
fiel
AUTOR: FELIPE ANTONIO SANTORELLI
ALIAS: tonisan
Caracas Venezuela
Poesía Cuántica
Autor: Felipe Antonio Santorelli
Alias: tonisan
POEMA 1
QUISIERA NAVEGAR ENTRE DOS ASTROS:
Quisiera navegar entre dos astros
Extremado, atemporal y relativo
bañado por la lluvia de neutrinos
brotado de energías punto cero.
Quisiera un horizonte de sucesos
guardado en la gaveta entre mis libros
Quisiera formatear plácidamente
aquello que a momentos me incomoda
y luego resetear serenamente
mi vida, sus errores y su escoria.
¿Serán mis sentimientos solidarios
cuando he de convertirme en vil petróleo
o en gases de metano y de propano?
Revive de los saurios y sus bosques
la fiera evocación de su energía
que siendo necesaria; es destructiva
y siendo destructiva es milagrosa.
¿Serán mis sentimientos existentes
cuando he de convertirme en vil petróleo?
quisiera navegar en hoyos negros
vagando simultáneo y singular...
POEMA2
TÚ; CLARIDAD DE AURA EXTREMA:
La materia no es otra cosa
que condensación de la energía.
La energía no es otra cosa
que dilución de la materia
y tú; alma mía,
eres la luz que ilumina mi existencia.
De tu mirada brotan fotones
bañando con serenidad sublime
mi piel, mis músculos, mis huesos.
De tus palabras saltan gravitones
que, bailando en mis oídos,
alborotan el músculo cardíaco
que por ti y sólo por ti
revolotea alegremente en mi pecho.
Tan sólo tu presencia ya es sabiduría:
hondo conocimiento de fractalidades terrenas,
clara diafanidad de misticismos celestes.
Y es esa claridad, la de tu aura extrema
la realización indetenible del amor
que; indefinido e indestructible,
¡a mi alma por siempre se encadena!
POEMA3
NO LE TEMO A
No le tengo miedo al negror de la muerte
ni a la frialdad de una lápida marmórea
ni a la certeza de terminar siendo la cena
de gusanos, larvas y raíces.
No le temo a las soledades infinitas del ocaso
ni a las tinieblas ininterrumpidas
de las calles nocturnas
ni al aullido de los lobos
ni al maullar de los gatos
ni al silencio de las aves
despobladas de sus cielos
ni al murmullo de las fuentes
en ausencia de turistas.
No le temo a las quimeras
ni a los ensueños mendigantes
ni a las puertas oxidadas
ni a la furia del averno.
No le temo al porvenir
ni al pasado ni al presente
ni a ese tiempo persistente
que acaricia incertidumbres
enredado en aspavientos.
No le temo a los infiernos
de la guerra y del espanto
ni a la paz de los sepulcros
ni al recuerdo inverosímil
de personas taciturnas
ni a la ausencia de recuerdos
en memorias más que ajenas
ni a la amnesia ni al desastre
ni al mareo ni al desquite.
No le temo a las bandadas
de bandidos bandoleros
ni a la ignorancia ni a su violencia delincuente
ni a los cerros ni a los llanos
ni a la hondonada indiferente y agresiva
ni al embate destructivo de las hordas asesinas
Ya no le temo a la carestía
ni a la falta de rocío en los ramales
ni al exceso de rocío en la mejillas
ni a los vientos ni a las turbas
ni a los mares ni a sus olas
embistiendo las orillas con su furia de titanes.
No le temo ya a la vida
ni a sus modas ni a sus ansias
ni a sus dioses ni a sus vallas
ni al suplicio consumista
subyugante en las aceras.
Le temo sí; y mucho,
a
Le temo sí, aún más,
al desvanecer de la conciencia
sin registros de presencia
a la propia inexistencia.
POEMA4
AMOR ILUMINADO:
A nivel cuántico
no hay hombres ni mujeres,
sólo hay campos de energía:
vibraciones que se encuentran
en las danzas del amor.
A nivel cuántico
no existe la fealdad ni la belleza,
sólo hay ondas vacilantes:
vibraciones que se funden
en los lazos del amor.
La fractal condescendencia
de las vidas que se juntan
complementa; ciertamente,
las andanzas del amor.
Ay amor ultra trillado
Ay amor enardecido,
y abatido, y dolorido:
no te aferres al olvido
cuando estoy enamorado.
Ay amor desaliñado
Ay amor irreverente
no abandones alma y mente
ni le quites a la gente
tu fulgor iluminado.
POEMA5
EL ESPEJO:
Reniego de la vida tal como me la muestran
yo quiero ser inercia, cual luz sin firmamento
cual onda sin partícula atada a un gravitón
y quiero ser taquión
sin masa que me frene
y quiero ser fotón
que alumbra el pensamiento.
Fundirme en espirales de cuantos de energía
y luego regodearme de reales fantasías:
la ola no es la ola, es danza de las aguas,
la brisa no es la brisa, es sueño de las olas,
el cielo no es la veste que viste este planeta
sino el abrazo fiel al cosmos infinito,
el cielo es el silencio que besa espacio tiempos.
Yo quiero columpiarme jocoso sobre cuerdas
-balance indefinido paseándose entre estrellas-
y quiero la materia brillante entre tinieblas
y quiero la tiniebla versándose en mi verso.
Sé bien que no es el "Yo" que miro en el espejo
el sueño eternizado que lleno con mi aliento,
espejo mentiroso, espejo inverosímil
claudica de tu intento de engañar a mi intelecto
y muéstrame completo, sincero, irreverente
sencillo y complicado, facético y audaz
prismático y cercano, geométrico y distante
lunático y sereno, renuente y suspicaz.
Como un calidoscopio me has de mostrar espejo;
con todos los mis yoes de todos universos
con todos los mis egos de todos pensamientos
con todo el vasto tiempo que ciñe mis neuronas
y forja cada célula de todas mis personas.
Yo quiero ver la muerte que es nuevo nacimiento
y quiero ver mi vida pletórica de cuentos
y fábulas y cantos y música electrónica,
protónica, neutrónica, también molecular.
Por eso yo te pido mi viejo y fiel espejo
ya deja de mentirme ya deja de adular
y muestra a mi cerebro todita mi verdad.
POEMA6
Clavado a la cruz de los segundos
escucho el tronar de los tambores
en cielos aturdidos por clamores
y sueños y esperanzas y temblores.
Si buscas ajetreo cotidiano
encuentras la cesura de la historia;
si buscas una pausa silenciosa
te abate el estruendo citadino
que quiere entretejerte con su escoria
Clavado a la cruz de los segundos
escucho el tañer de las campanas
en torres profanadas por palomas
carentes de mensajes o de paz
Si buscas el sosiego lugareño
te hallas en medio de una jungla,
si buscas a las fieras del ayer
solo hallas el silencio de una tumba
postrada ante otro amanecer.
Yo busco gravedades planetarias,
el fuego legendario de las novas,
la honda oscuridad de la materia
la hueca hostilidad de la energía.
Y quiero balancearme con las cuerdas
aun cuando tan sólo sean teoría.
Tarzán cuasi-estelar y super-cósmico
sin más león que nebulosas
sin más bestia que galaxias
sin más que un hoyo negro por morada,
yo busco un baricentro que elimine
mis dudas, mis creencias, mis demoras
y logre perpetuarme finalmente
verdades tan serenas como sólidas.
Y encuentrome la nada silenciosa
vacía, titilante, temerosa
reacia, vulgar y melindrosa
buscando acariciar la poca cosa
que queda de mi fuga y mis fatigas.
Y sólo en mis fatigas y mi fuga
se esconde la mitad de mi apellido.
Que Santo, ni que santo, ya no hay santos
ni sueños, ni el consuelo del olvido
por eso es que desmiento lo que digo
por eso es que digo lo que siento.
Brutal paradoja inconsecuente
se ríe de mi vida y de mi mente
y yo, degradado y maldecido
en pleno plan de observador
me quedo perplejo y aturdido
cobarde, silente y aterido
mirando cual fuera espectador.
POEMA7:
HAIKUS ENCADENADOS DE FÍSICA
Ajeno a mí
descubro la belleza:
Naturaleza.
Enmudeced
ante la claridad
de la verdad.
Relatividad
desdibuja en su esencia
mi realidad.
Incertidumbre
cual retórico edén
regalas lumbre.
Sexto sentido:
Ojo que al alma plena
con lo vivido.
POEMA8
TU RECUERDO:
Dentro,
muy dentro de la piel,
más allá de los órganos
más allá de las células,
donde los fotones
del alma se aglutinan
forjando mi entendimiento:
¡allí conservo tu recuerdo!
POEMA9
RELATIVIDAD:
Todo efecto es causa de su causa;
toda causa es efecto de su efecto.
Si la relatividad
es verdad,
la bala pudiera salir del ánima
antes de que el pistolero
jale el gatillo.
Es posible morir antes de nacer,
rejuvenecer,
volver a ser bebé
al menos en teoría;
y las heridas que palpitan en mi alma
podrían ser cicatrices de traumas
del futuro.
Si me situara en el horizonte de sucesos;
si abarco singularidades con mi espíritu,
¿podré cambiar mi pasado desde el presente?
¡Yo sé que se puede!
lo que no sé
es cómo hacerlo.
Hawking, amigo desconocido;
desde tu silla de ruedas,
a través de tus libros
me dices que nada sucede ni acontece
hasta que la luz le da alcance:
¿No es entonces más segura la tiniebla?
¿No es acaso más amable la oscuridad?
POEMA10
MEDITACIÓN:
Cierro los ojos
y me relajo;
un músculo a la vez,
lentamente,
muy suavemente
me hundo en el fondo del colchón
como un peso de plomo sólido.
Es así
que me consigo de pie,
bajando una escalera acaracolada
con marmóreos peldaños
y pasamanos de ébano pulido.
La oscuridad plena
se va disipando paulatina,
ante el tenue claror de una luz
que se va haciendo cada vez más vívida,
cada vez más nítida y brillante.
¡Hasta que veo!,
y veo a mi izquierda
un vasto y florido valle de recuerdos y enseñanzas;
y veo a mi derecha
un extenso y sereno océano de expectativas y esperanzas;
mientras sigo bajando
un escalón a la vez,
con sosiego y lentitud
hasta el fondo de mi espíritu.
Al pie de la escalera
me espera sonriente
mi yo superior.
Y me abalanzo finalmente sobre él
gritándole:
-¡Abrázame Yo
necesito la fusión!
POEMA11
EXPECTATIVAS CUÁNTICAS:
Infinidad fractal destituida por el orden,
en el vacío irrepetible de las mentes cósmicas,
vienes hasta mí
trajeada de universos,
galaxias y constelaciones
como burbuja sideral
cubierta de teflón y papel celofán.
Maniatadas quedaron las hipótesis irrelevantes
de calidoscópicos instantes
efímeros y eternos
en un espacio-tiempo
dubitativo e incierto.
Me pregunto qué tiene que decir
el gato de Schrödinger
acerca del observador y sus expectativas.
¿En verdad temor y fe
son las dos caras de la misma moneda?
Creamos realidades
ignorantes de nuestro poder
como reyes Midas
regodeados con sus logros...
¿Serán culpa nuestra los deslaves y aluviones?
¿Seremos nosotros los causantes de huracanes y tornados?
El sentido común dice que no
pero la cuántica dice que sí...
POEMA12
Finitud
establecida
por la vida material
en el enlace elemental
del nanosegundo.
Moribundo
estuvo; por edades incontables,
el hálito de inteligencia
que asomaba con diligencia
pero sin resultado;
hasta que apareció el soldado
de la piedra y del garrote...
Y ya el troglodita;
saliendo de su ermita,
osó colocar su pie en otro astro
y furibundo
casi acaba con el mundo...
pero la gran epopeya apenas se inicia
y queriendo dar como primicia
una noticia
que ya es añeja;
anuncio el fin de la finitud
y el comienzo de la eterna juventud
gracias al genoma y su descubrimiento...
que es el perfecto complemento
para la edad de plástico.
POEMA13
VOY VOLCANDO :
Voy volcando despertares sin preaviso ni protesta,
sin paciencia ni alegría, sin más paz que mi fealdad;
ya los sueños no son más que un ayer desvanecido;
ya no creo en avatares, ni en promesas ni en silencios
sólo creo en lo que veo
y lo que veo no es real...
Voy cayendo en picada sin saber de dónde vengo,
sin saber si lo que soy es tan sólo un sueño extraño,
o es apenas el botín de un pirata del pasado,
o es que acaso el bucanero es aliento del futuro
un futuro que se ahoga al volcarse hacia el presente,
un futuro apaciguado
lacerado y oprimido,
un futuro silencioso, casi mudo, derruido
en contraste tan confuso que semeja al caos fractal.
Voy volcando pesadillas para goce de este mundo
donde todo lo premiado es premiado por maldad,
y los héroes son caudillos que desmiembran o verdugos
que ejecutan sus sentencias sin cuartel y sin piedad.
Voy besando mis recuerdos sin saber si es que son míos
o prestados o comprados o tomados al azar.
Voy bebiendo de la vida lo poquito que me otorga
y sediento voy llorando lo que nunca quise dar.
Y no queda más remedio que seguir la misma senda
y cargando con el cuerpo que me sirve de prisión
ir pagando los pecados que son míos y no son.
POEMA14
POESÍA OSCILANTE:
Qué es esta poesía oscilante
que fluye de la verdad a la mentira.
Para las palabras es terrible pira
para la emoción es mala comediante.
Qué es esta poética delirante
que; precaria y sin fervor, respira
y se alimenta de la saña y de la ira
y del rubor de un pasado vigilante.
Reverbera en un futuro sofocante
se retuerce y se acorta y se estira
y se clava a la piel cual vieja vira
deformando nuevamente mi semblante.
Y regresa y se despide teorizante
para luego enredarse; cual espira
y con engaños, a mi arpa y a mi lira
en estruendo tenebroso y vinculante.
Qué es esta letanía inquietante
que desborda de mi ser y se retira
para luego regresar; gira que gira,
en oleaje de palabra subyugante.
Es la vida del gitano; que emigrante,
se despide sin nostalgias en su mira
magullando su dolor mientras revira
su destino, implacable y alienante.
POEMA15
CARACAS FUTURA:
Cristalinas son las aguas
que hoy ondulan nuevamente
en
El río Guaire baja fiero y soberbio
desde su cabecera, donando sus pulcras aguas
al valle verdiazul que le besa las caderas.
Las lomas y colinas asoman su frondosa mirada
buscando un avatar o un mensajero
que lleve sus más íntimos secretos
al altivo y soberbio pico que las enfrenta.
Ávila silvestre y despojado de vilezas,
al fin reposas
de una humanidad destructora e implacable
pues ya son más de cien mil años
que
POEMA16
POR UNA SONRISA TUYA:
Puedo escribir los versos más tristes esta noche
(Pablo Neruda)
Podría escribir los versos más paradójicos esta noche
podría desaparecer en el caos total
y reaparecer de nuevo,
renovado y receptivo,
perfumado y perspicaz,
también rejuvenecido
por una sonrisa tuya.
Podría cantarle odas al televisor o a la cocina eléctrica
y sublimar de nuevo los corales caribeños
podría cabalgar las olas, navegar los llanos,
incendiar los hielos polares con llamas de propano
y hasta podría congelar los desiertos del averno
por una sonrisa tuya.
Podría vencer el tiempo entretejido a nuestras pieles
con un certero rayo de neutrinos
y emparejar con una podadora
cipreses y abedules, cerezos y manzanos
y mangos y aguacates y robles y nogales
para que te entreguen sus flores y sus frutos.
Podría escribir los versos más caóticos esta noche
y robarle a las fractalidades su orden escondido
ese orden ocultado como si fuera tesoro secreto,
santo grial, arca de la alianza, cueva de Alí Babá
arco de triunfo o libertad de estatuas deambulantes
por las nocturnas calles de empedrados deseos.
Por una sonrisa tuya
podría pescar elefantes y cazar escualos,
dispararle a los rifles para que se haga la paz,
acosar revólveres, pistolas y ametralladoras
con la furia de un depredador y fundirlo todo
para luego cincelar palomas y azulejos
y esculturas floridas y pasiones de acero.
Sólo por tu sonrisa, Aurora Mañanera
Poema17
HABLEMOS DE TI:
Hablemos de ti, por un momento;
busquemos tus razones, tus angustias y deseos.
¿Quién eres?, ¿qué quieres?, ¿qué buscas?
¿Qué se esconde bajo las profundidades pelágicas de tus "yoes" en pugna?
¿Qué hay tras el murmullo de tantas voces compitiendo por tu conciencia?
Hablemos de ti, por un segundo;
sepamos de tus sueños, decepciones y conquistas.
¿Qué has hecho?, ¿qué haces?, ¿qué harás?
¿Quién se oculta entre los recovecos inexplorados de tus "yoes" en pugna?
¿Quién busca someter tu imaginación a tantas fantasías desenfrenadas?
Hablemos de ti, por un instante;
¿en verdad eres tú quien crees que eres?
¿Serás acaso el resultado de la suma de tus experiencias?
¿o eres tal vez la lluvia de sucesos que empapan tu presencia?
¡Pues no!, ¡no y no!
No somos nuestra experiencia, somos en cambio
lo que logramos hacer con ella
POEMA18
FICCIÓN Y MENTIRA:
Ficción y mentira; lejos de ser sinónimos, son opuestos
Paradoja irreversible auténtica dinámica gentil y escurridiza
que juegas divertida con los lazos de la aurora
que sueñas entre cuerdas con las danzas de los astros
y clamas con fervor la bondad del intelecto
verdéame el silencio con tu sana incertidumbre
y muéstrale al ignaro el poder de la ficción.
Y muéstrale al infiel la verdad en la ficción
POEMA19
FRACTALIDADES:
La mota de nieve que calla y calla el frío de su falda
El caracol astuto que grita a voces el bullicio de las olas
El verdear del brócoli temiendo su destino inexpugnable
El brillor galáctico aunado en súper cúmulos titánicos
La crisálida desnuda dejando su último aliento en unas alas
Las alas dinámicas batiendo su secreto en el silencio
La fiel orquídea que sueña los lamentos del poeta
La monda rosa que evoca carcajadas de una fiesta
Y la sonrisa plasmando su aguijón en mi intelecto
Fractal caricia emana suavemente de tu cuerpo
que; circundando,
se apresta a obnubilarme el pensamiento
POEMA20
CALOR INSOPORTABLE:
impávida y apremiante
es una estampida de caballos desbocados,
es un enjambre de abejas atormentadas,
es un frenesí indetenible y arrasador;
es aluvión, tornado, huracán y terremoto,
oleaje impostergable,
lluvia erosionando las imposiciones del "Yo"
Luchar contra mí mismo
desde siempre, para siempre
en la búsqueda irreal y sempiterna
de una verdad esquiva, evasiva y opaca.
Luchar contra mí mismo
entre una taza de café y una cerveza,
deshaciéndome en el humo de una colilla
como un agujero negro tragándose a sí mismo.
Cómo quisiera matar el día
con un cuchillo de palo floreado.
Cómo quisiera aniquilar las esquinas
que tienden diariamente su emboscada
en las calles de ciudades inhumanas.
Y pasearme; ¿por qué no?, por los lares imposibles
de que tanto hablaron genios como Neruda,
y volcar toda emoción;
benigna o malsana,
más allá de este planeta.
Cómo quisiera que los monitores
se abrieran en un vórtice infinito
y caer en un sopor cibernético y profundo
cada vez que formateo la sagrada computadora;
o respirar códigos binarios impredecibles y aleatorios
cada vez que enciendo mi humilde ordenador.
Y prenderme de la sotana de una monja
para rezarle un último rosario;
y amarrarme a la cola de un cometa
para salir disparado finalmente
de ésta realidad monótona y redundante.
Y atarme los zapatos
con un soplo de brisa vespertina
y caminar galopando en la intemperie
para lavar heridas y viscicitudes
bajo la bendita agua que nos cae del cielo.
Pero el cielo se nos ha transformado,
pero el cielo se nos ha vuelto gallinero
pues la lluvia huele a estiércol de gallina:
¡Literalmente!, al menos en Caracas.
Lo sé, divago...
me bato en cruenta pugna entre sandeces y tonterías
pero es que el bochorno me pone belicoso
malhumorado y gruñón.
Y es que éste calor abrasador
(cincuenta grados en la sombra)
derrite hasta las ideas más geniales
mientras nos acosa como harpía en sobrevuelo
al acecho de una presa ya vencida por la modorra.
Este calor; nefasto, cruel, invencible y fiero...
¡este calor...!
¡Por Dios que llueva ya!
Deseo incumplido:
Si la pelota atravesara el muro
y si mi abuelo pudiera ser mi hijo
y si en la caja el gato vivo muerto
maullara al viento, con brisas de silencio.
Las gravedades etéreas como el aire
serían palomas alzando su alto vuelo
y los gluones serían amantes tiernos
paseando en góndola por todo el firmamento.
E incluso el tiempo sería galante siervo;
amable amigo portando sus bonanzas.
Si en mis bolsillos guardara yo centellas
y en mis armarios galaxias entre cuerdas,
sería la magia blasón de una bandera
y todo triunfo vendría a ser de acera.
Los muchachitos jugando con sus metras
serían los dioses del Cielo aquí en
Y las lombrices que nutren el subsuelo
serían obreras de fábricas de telas.
Con el zumbido de avispas y avispones
me haría un tejido de grandes dimensiones;
y llenaría con tantas emociones
todito el orbe sangrado de ilusiones.
Si la pelota rompiera la barrera
de las paredes que esconden gas y esfera
sería posible descomponer la abeja
y hacer del néctar el sueño de otra era.
Autor: Felipe Antonio Santorelli
Alias: tonisan
Caracas Venezuela
Radiografía de la depresión
(Quince Poemas sobre la bipolaridad)
Auto Sabotaje:
Ya basta de condenas impuestas por mi mismo;
no acepto letanías sembrándome dolor
ni quiero agorerías de interno acusador;
ya basta de cadenas vertiéndose en cinismo.
Luchando en las arenas del viejo conformismo
me asedian apatías que dejan mal sabor,
me atacan baterías de fuego abrasador,
me cubren las gangrenas que evocan masoquismo.
Y es que la voz que escucho no dice nada bueno:
del auto sabotaje soy víctima paciente,
tal vez falta el coraje de ser mi confidente.
Volverme diestro y ducho de ambages de galeno
buscando la solvencia de esta situación
es pues la referencia, tal vez la solución.
La vida:
Dos rizos a la izquierda
una espiral descendente
dos rizos a la derecha
una espiral ascendente
una caída libre
en vertiginosa picada:
Solo quedan
una sonrisa de mármol y granito
una mirada granulada
y los restos de un estallido
junto a versos hechos polvo
Fuera de mí:
Alienado
de mí mismo.
Alejado
de mi piel.
Desertado
de mis sueños.
Extraviado
con mi ayer.
Alienado
de mi vida.
Olvidado
por mi sien.
Deambulado
por mil calles
que; aceradas,
me alejan y me alejan
de las órbitas seguras
de mi cuerpo y de mi alma y de mi ser...
Famélicos Cuadernos:
Los famélicos cuadernos
que se exigen y me exigen
su dual cuota de alimento
ya dejaron de exhibirse.
Y la tinta fluye
se derrama en raudales de tropos consternados;
alucinados, eufóricos a ratos y a ratos tristes:
bipolares.
-El Guaire en Las Mercedes apesta-
El asfalto granulado y pegajoso
evapora sus alientos petroleros
mientras
las vitrinas resplandecen
con su farsa de muñecas y de trapos.
Los alisios indignados
no disuelven la calina
que abochorna a los viandantes…
Y las tardes son tan grises
que semejan al aullido del concreto;
que parecen desespero aletargado
de un cemento silencioso y asechante.
Los cuadernos que se sientan a escribirse
continúan su implacable independencia
mientras cae la noche antagonista;
devastada, derruida y desterrante,
sobre las aceras capitalinas.
Los cuadernos se disponen a dormirse
y ya todo se termina…se termina.
Bipolar:
El poder de mi euforia incomprensible
surge desde las honduras de mis viejas letanías.
La hiperactividad que me aprisiona
nace de la tranquilidad de mi apatía.
La risa histérica que a ratos me estremece
se activa ante el perpetuo duelo de mi sima.
-Dagas y alfileres-
-Espinas y puñales-
Un frenesí inverosímil
irrequieto y tergiverso
a veces me provoca escalofríos
y el chacal me devora desde adentro
y el turpial ya no trina su silencio
y la lluvia se hace llanto irreparable
y mi llanto se hace lluvia invisible,
manifiesta y apacible y mordaz.
Mi sonrisa es la charada del vacío,
mi vacío es la cubierta de la nada…
-Hondonadas abismales-
-Fraudulentas cavidades-
La etiqueta que me he impuesto a domicilio
y esclaviza mi alegría tibiamente
con grilletes y cadenas
por lexemas y vocablos
y morfemas inconexos…
La etiqueta que inclemente aterroriza
condenando a ilusiones y aspavientos
mi existencia degollada y dividida
reza:
BIPOLAR
La luz (distorsionando realidades):
La luz es una lluvia
de joyas microscópicas
que pincelando va
la bóveda celeste.
La luz es; pues, nevada
de lágrimas friolentas,
que viene ventisqueando
el lienzo del planeta.
Ah luz impertinente,
canalla y fraudulenta
¿por qué cubres el manto
del orbe sideral?
Rapsodia subjetiva:
Me fumo las ganas de volver a verte
en cada cigarrillo que incinera vientos,
en cada bocanada que se ahoga en cuentos
me fumo las ganas de volver a verte.
Me bebo las ganas de fornicar de nuevo
en cada copa en que navego en cueros,
en cada vaso en que se hunden vuelos
me bebo las ganar de fornicar de nuevo.
Me como las ganas de comerte a besos
en cada bocado del que aun reniego
en cada trozo de alimento viejo
me como las ganas de comerte a besos.
Y ya no respiro sin tu aliento fresco
y ya no me duermo sin tu piel de almohada
y ya no me siento sin tu blonda llaga
y ya no lamento sin tu pubis yerto.
Me vuelvo hacia adentro sin tus ojos tiernos
autismo silente enarbolo al cierzo
calor de esquizoide me sutura el cuerpo
si ya no me miran esos ojos bellos.
Por eso no pido más clemencia o duelo
que el verte parir de mi sangre un sueño,
que el verte morir en mi poro inquieto
y verte sangrar hasta hallarme muerto.
Degradación de Grises:
Degradación de grises
entre muros citadinos;
evocan los caminos
desandados por matices
purulentos y amorfinos.
Un silencio estrepitoso
se equivoca de señuelo
hundiéndose en un suelo
humorado y cauteloso
que pretende ser mi duelo.
Y los grises perseveran
en la tarde incinerada,
y jugando con la nada,
los lamentos se entreveran
a mis sueños de manada.
Nada exijo de la vida;
no reclamo a la hondonada
el gran filo de su espada,
ni a la roca desmedida
le replico su coartada.
Nada espero de la muerte:
ya no espero más amor
que el vestido de dolor,
ni placeres, ni la suerte
de espejarme en tu candor.
Degradación de colores
en los últimos fragores
de la noche citadina,
y se hunde nueva espina
en mi cuerpo y mis errores…
Sollozos:
Sollozo,
árbol corroído,
desarraigado,
solitario y nebuloso.
Sollozo,
destino sin conciencia,
claustro sempiterno,
poema inacabado
de versos moribundos.
Sollozo,
pálpito arrítmico,
oquedad clandestina,
simiente silenciosa
de gotas de rocío,
en fin;
apenas
tan sólo
un tímido
sollozo.
Añicos:
Añicos en el suelo, añicos en el alma,
añicos esparcidos por tierras hoy en calma.
Añicos que recuerdan querellas del pasado,
retazos de un adiós: ¡dolor despedazado!
Pedazos de mil vidas, no siempre ilusionadas,
son trozos de memorias, de sueños de cascada.
Añicos en el piso, añicos en la mente;
retazos de un ayer que vuelve inconsecuente.
Añicos esparcidos regresan en tropel:
enjambres de rencores que bajan de Babel;
pegándose a mi cuerpo, rasgándose en mi piel.
Heridas palpitantes:
Hay heridas que no sangran
pero palpitan lo mismo,
son caídas al abismo
de amores que se desangran.
Hay suicidios que no matan
pero asesinan lo mismo,
son gotas de pesimismo,
féretros que almas atan.
Depresión inexpugnable,
sedienta de almas jocosas.
Sorbes prácticas gozosas:
vampiresa despreciable.
Transformas todo en escoria,
dejando el alma vacía,
tan triste, escuálida y fría
como una reseca noria.
Distorsionas realidades...
destruyendo mocedades.
Rip Van Winkle:
Quisiera convertirme en Rip Van Winkle
y dormir el resto de mi vida
muy lejos del barullo cotidiano
clavado tiernamente en mi colchón
fundido en el mimo de mi almohada.
Quisiera convertirme en Rip Van Winkle
pues no logro vencer esta apatía
que es desgano y más desgano y más desgano
y es silencio y es bullicio y es tortura
queriéndome implotar ojos adentro.
Quisiera convertirme en Rip Van Winkle
y salir de este cuerpo carcelero
desatarme de los cueros y las pieles
y volar más allá del Universo
disfrutando del abrazo de
Tristeza desbordada:
Cuando la tristeza desborda su límite
se transforma en apatía
y ya no nos importa nada,
ni las risas ni los llantos,
ni la luz ni la tiniebla,
ni la vida ni la muerte,
ni el cielo ni el infierno.
Y es entonces cuando enviamos
nuestras sendas al ocaso,
es entonces cuando damos
nuestras vidas al acaso
y el azar; que es insensible,
nos devora paso a paso.
Y el suicidio delincuente
se apodera de la mente…
Pensamientos suicidas:
Oh cuántos años y cuantas duras penas
cuántos lamentos trajeados de sonrisa,
cuántos sermones sin asistir a misa,
cuántas lecciones vestidas de condenas.
Y cuánto tiempo perdido en el encanto
de aspiraciones tendidas en la nada,
cuánta embestida cayendo en la hondonada
de un nuevo grito dormido bajo el llanto.
Al fin la vida se me antoja escueta,
al fin la muerte me parece bella,
al fin el polvo volverá a su estrella
cuando la muerte done su silueta.
Tan solo exijo el deleite del veneno,
tan solo aspiro al delirio de la hoguera
tan solo pido las delicias que me diera
aquel reposo de un dormitar sereno.
Cuánta dulzura se vierte en mi semblante
que yace quedo, buscando en el incienso
un sueño eterno que borre de este lienzo
esta sonrisa despótica y farsante.
Cuánto placer se riega en mi demencia
que se adormila cubierta de mutismo,
y cuánto enojo en el silencio mismo
que se aventura callando la conciencia.
Prístino goce de este momento esquivo
que se eterniza en el segundo inerte
en que por fin sonríeme la suerte
de estar ya muerto, aun estando vivo.
Tan solo quiero la caricia de la hojilla,
tan solo busco el beso de la bala,
tan solo espero las bondades de la pala
vertiendo en mí su candida arenilla.
Prozac:
Contundente es el receso de la aurora.
Sus colores sanguinarios me incomodan,
cual ocaso matutino se desploman
sobre aceras taladradas por las ansias.
Y ansimante es el momento matinal,
todo fluye como un tiempo indefinido,
como el aire que se muestra enrarecido,
virulento, deleznable, apagado y aturdido.
Y el silencio; intrigante y comedido,
es el cómplice secreto del sedal,
es la trampa caza bobos que me espera,
es la mina desde el campo de batalla
asechando mi inconsciente caminar.
Mi tristeza me apabulla y me acaricia
revelando desenlaces sin cuartel:
Distorsiones persiguiendo realidades,
Realidades sin migajas de verdad.
Mi tristeza se escabulle entre las sombras,
se me aleja y se me acerca una vez más
en un baile de macabras consecuencias;
en la danza que el suicidio destruirá.
Es por esto que me voy a la farmacia
y me compro mi cajita de prozac.
La bipolaridad es un estado en el cual el individuo pasa de estados de alegre excitación; conocidos como Euforia, a estados de profunda tristeza, definidos como Depresión, es por ello que les llamo Eufórico depresivos, en lugar del término “maniático depresivo” que usan los psicólogos, no me gusta el término maniático, es una palabra fea.
Ahora, la condición depresiva presenta las siguientes características:
1) Una honda tristeza sin causa aparente; que semeja al duelo que sentimos cuando muere un ser querido, que se conoce como melancolía.
2) La nostalgia que inmoviliza, basada en la creencia comúnmente falsa de que todo tiempo pasado fue mejor o en la espera de un futuro brillante que nunca llega.
3) Una distorsión constante de la realidad: Todo es oscuro, cenizo, brumoso; los colores aparecen opacos, grisáceos y sin brillo, los eventos y fenómenos que conforman la experiencia son interpretados de manera errónea y por tanto los errores se multiplican al infinito; y fracaso tras fracaso, la frustración invade al individuo.
4) Una perpetua apatía, que aunque se parece al conformismo; difiere de él completamente, ya que en el último caso la persona se siente satisfecha con lo que tiene y por ello se conforma. En cambio en la apatía la persona no está satisfecha con lo que posee, porque la apatía no es conformismo sino rendición. En este caso son comunes los pensamientos del tipo “ya basta”; “me rindo, no doy más “o “paren el mundo, quiero bajarme”, Por tanto la apatía es un “tirar la toalla”, un abandono de las propias expectativas, una renuncia de los propios sueños.
Las causas de la tristeza existen pero el deprimido las desconoce y no entiende el por qué de su estado. La “Terapia Cognitiva” orienta al individuo ayudándolo a descubrir las causas inconscientes de su depresión.
Advertencia:
Los medicamentos antidepresivos como la sentralina y el prozac, pueden producir adicción; por tanto han de ser administrados bajo estricta prescripción y vigilancia médica.
Autor: Felipe Antonio Santorelli
Alias: tonisan
Caracas, Venezuela