



























GRUPO ALEC DOA LIVROS AO ILA
SALA DE POESIA RECEBE LIVROS
O Grupo ALEC – Doou para a Sala de Poesia da APEC - Cerca de 130 livros autografados e com dedicatória, dirigidas ao Poeta Benedito C.G. Lima. Tais livros foram recebidos desde 1972 e hoje passa a fazer parte do acervo da APEC – Num espaço da Casa de Cultura – ILA.
PORTAL DO BENEDITO C. G. LIMA
Contatos para envios de textos, fotos, livros, jornais e revistas:
Vanda Ferreira
Nasceu
Na década de noventa começou a publicar poemas através de jornais, revistas, livros individuais e antologias.
Desde a publicação de seu 2° livro, “BUGRA SARARÁ - 19915/ fícou conhecida, em seu meio artístico, pelo codinome de "Bugra Sarará".
Seu penúltimo livro, intitulado "BUGRESIA", traz homenagens póstumas ao Poeta das Ilusões/ António Papi Neto, falecido em 2005.
Livros individuais (publicação independente):
"Eu&Você" - livro de bolso (versos)
"Bugra Sarará" - poemas
"No Reino do Arco-íris" - Versos
"Amante da Poeira Vermelha" - Versos
"O Grito do Poeta" ~ Versos
"Bugresia" - poemas
"Maturações" - poemas
Antologias:
Campo Grande Meu Amor
Mil Poetas Brasileiros
... E Os Poetas Falaram I
... E Os Poetas Falaram iï
Dez Anos da Noite da Poesia
Primavera dos Ipês
Caminhos
Rotina Celeste
Vanda Ferreira
BUGRA SARARÁ
(pés (Se iua e sol
nas margens do córrego Ceroula;
tesouros escondidos
- Nenhum x -
Beleza da ínesistênda de mapas
no campo de sobrevivência
da velha, sanga
saudosa dos órgãos internos.
Valentia protegida
. - floresce das pedras,
gráficos desenhados
na rotina celeste.
Essência verde,
bichos caçadores, .
tatuagens à Beira d'água.
Mata ciliar
piscam meus dias.
Nas flores da mata ciliar
Eu-beija-flor
Cantiga brejeira,
Bugios toucadores,
algazarra escondendo macacos
no ôaíanceío das cores.
Baíxo ventre da terra,
prenhez dágua pura,
virgem mata sempre grávida.
Todo dia nascem frutas!.
Peixaria de capivaras.
Vem senhor
Tome o leme do barco
De minha vida que
Há muito navega errante
Pelos mares da vida.
Perdeu a bússola que
Indicava a direção
Por onde seguir,
Em que porto se
Atracar.
Já aproximei de vários
Portos, mas quando
Pensava em atracar
Eis que surgia uma
Tempestade e o recuava
De novo para o alto mar
Vem Senhor
Mostra-me a rota das
Boas navegações,
Indica-me a díreção
Ajuda-me a reencontrar
A bússola que
Deixei cair no mar
Quando as grandes tempestades
Assolaram o meu frágil barco
- Por que frágil barco?
Porque eu me descuidei
E deixei passar despercebido
As ordens do meu comandante
Este comandante que é o Senhor...
E este Senhor é o
Único que conhece .
Todas as direções a
Navegar, inclusive é aquele
Que caminha sobre as ondas
Do mar. "Mt 14.22-33"
E afirmo uma vez mais:
Vem Senhor, tomar o leme
-Do barco da minha vida
Benedito C.G.Lima
A simplicidade está:
No vôo do beija-flor
Que desenha a poesia no ar;
No sorriso da criança
Que brinca no parque;
No perfume das flores viçosas
Que enfeitam o existir da humanidade;
No voo sorriso perfumoso
Tatuado na imaginação do poeta!
Na cantilena da saudade
A riscar os corredores pétreos do Tempo!
O que é simplicidade?
Pode ser adejar tamborilar
Talvez o nervoso tamborilar
Da chuva no telhado...
Ou uma haste num vago sagrado
Sonoro símbolo na eterna pureza
Metamorfosico cântico do Amor!
Contato:beneditocglima@yahoo.com.br
Benedito C. G. Lima
A mulher fada divina
Tesouro presente e amor
É rosa... é doce menina
Menina presente na flor!
Uma santa... Pura..,, ei-la
A mulher é um relicário!
Maria... Teresa ou Sheila
Faz. do homem um visionário!
A chuva prata ou luar
Completa a beleza doce
Daquela mulher a voar
No entrecorte da foice
Perfume... Mil cores... Paixão
Encanto que vem da mulher.
É única! O meu coração
Jamais te esquece, siquer!
Contato: beneditocglima@yahoo.com.br
Benedito C.G. Lima
No xadrez invisível da minha loucura
Trancafiei os meus desejos
E o tempo guardião solene
Derreteu toda a esperança
Que ainda existia...
Assim hoje vago pelas-ruas
Procurando o endereço dúbio
De uma Paixão
Que se escorregou por entre
Meus dedos
Ah! Passado ingrato!
Negro fardo a sugar
A minha alma.
Ah! Quem me dera pudesse
Sair no vôo leve da borboleta
Fugir por entre as grades
E entrar na via crucis
Da saudade
Podendo assim sentir
O doce néctar do seu beijo
Ah! Xadrez invisível
Que me impede do possível!
Contato: beneditocglima@yahoo.com.br
Benedito C. G. Lima
Não adianta a lua nua
No céu a brilhar
Que no meu peito
Já bate sem jeito
Um coração outrora ousado
Hoje triste e abandonado
Tudo perdeu o encanto...
A noite é vazia
Sem o teu canto!
Não adiante o seu choro dolente
Cortar tão plangente
A cortina da noite
Pois a açoite
Da solidão que impera
Me dá seu recado
Que é meu desencanto
A noite é vazia
Sem o teu encanto!
De: J.L.Ramos
Podes imaginar
Só pra que você tenha
Uma ideia
Temos um amígo
Que nunca nos esquece
Nunca nos desampara
E por mais que nós
O ofendamos
Ele sempre está nos dando
Mais oportunidade
Uma vez me lembro
Que ele pegou o chicote
E expulsou muitas pessoas
Da casa que foi construída
Para o povo se encontrar
Orar, agradecer e porque não
Pedir a Deus seu perdão
Só este homem sabe o quanto
Custa e quanto custou a ele
A nossa liberdade
Se você não sabe
O faz de esquecido
Saiba que este homem
Pagou a nossa liberdade
Com seu sangue derramado
Em uma cruz
Ele espera sempre por você
De braços abertos
Procure-o
Este esta ansioso com
Sua volta
Não temos outro caminho a
Seguir, para sermos felizes.
Só mesmo ao lado
Desse homem
Vem...
Para juntos dele
Seu nome é Jesus Cristo.
Virá o o silêncio
que traduza
a sonoridade das letras.
Antes da fala
Tudo houve
Passos de dinossauros
Partos de sementes
Lua sol riacho
a noite sem fim
da glaciação
e o recomeço
: eras mais sãs
Sem nossos sons
Não éramos no tempo
Em que a boca disse o pensamento humano
Nem no dia
em que o verbo do homem
Perdeu a humanidade.
Ainda vira aos lábios
O silencio capaz
de eximir a palavra
Sergio Bernardo
Nova Friburgo/ Rj
Sergio Bernado
Nova Friburgo/ RJ
Só o Bernardo de Manoel de Barros
é quase árvore.
Não sou
— apesar do verde
ser a cor preferida
e apesar das mãos
às vezes como galhos
e os pós como raízes.
À chuva que não passa não me alegra.
Mofo como um velho casaco
no escuro do armário e o meu bolor é visível na sisudea da cara.
Coisa estranha
: a chuva me seca.
Pena dos dois cães
que não latem na frente da casa
dos namorados com dois guarda-chuvas
que por isso não se abraçam
dos vendedores de picolé
sem a féria do dia.
Pena de mim
que odeio banho frio.
A própria terra
cansa-se da chuva
e por isso desaba
sobre as construções.
O próprio rio
quer fugir
e inunda a cidade.
A chuva, ela mesma se culpa
e se suicida
chovendo.
Até este poema
com medo de se encharcar demais
se esconde no nada.
Leninha Dutra
Hoje!Não está frio,
Não está chovendo,
Não remexi nas gavetas,
Para jogar o passado fora,
Não fiz bolinhas de chuvas.
Não preparei um chocolate quente
Não molhei as roseiras,
Não dedilhei meu violão,
N ao pintei nenhum quadro,
Não escrevi um livro,
Nao preparei uma sopa quente,
Não dei banho no cachorro,
Não contei cameirinho para dormir
Não olhei as estrelas no céu,
Não vi o fulgor da lua,
Hoje! Não senti a brisa do vento
A brincar com os meus cabelos.
Hoje! Simplesmente fiquei
Pensando em você.
Contato: lenedutracurumim@hotmail.com
Negro é raiz da liberdade
Mais forte que qualquer outra
E faz nosso povo se unir
Hoje muito mais que outrora.
Porém, os chacais que o rondam
Ainda encontram lacaios
Contra o nosso porvir.
Pois quem nasceu para Judas
Não se cansa de trair.
Ilu-ayè tem o sorriso negro
pra fortalecer meus irmãos
E regar a flor da resistência
Desde a grimpa dos morros
Até a vereda mais úmida
Em prontidão na tocaia
Para emboscar bate- estradas
E avisar aos capatazes
Que quem brinca com corda
Acaba dependurado.
Ilu-ayé tem o abraço negro
Pra fortificar os quilombos
E multidões de Zumbis
Com suas bandeiras erguidas
Pra celebrar nosso Rei.
Que deu seu sangue por nós
E merece gloria eterna.
Ao cismar sozinho relembro
Que todo instante da vida
E sempre vinte de novembro
Com a dignidade iluminada
E o espírito pleno de Axé.
Pois nossa pele tem mais sol,
Nosso céu tem mais luar.
Nosso povo tem mais força
Quanto mais amor doar.
Não permita Deus que eu morra
Sem que ainda faça um poema
Digno da beleza negra
Com maior engenho e arte,
Que exalte Rainha Dandara
Zumbi e Solano Trindade
Com uma imensa quizomba
Para alegrar nossa raça
E cantar pra ilu-ayê.
OBS: Ilu-Ayê: Terra da Vida
Antonio Cabral Filho